O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por suposta atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Segundo a corporação, ele ignorou diversas tentativas de contato para prestar esclarecimentos no inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PF tentou falar com o parlamentar por e-mail funcional, e-mail pessoal, aplicativo de mensagens e telefone, mas não houve retorno.
Sem resposta
De acordo com o relatório encaminhado ao STF, mesmo com a confirmação de recebimento das mensagens nos canais utilizados, Eduardo Bolsonaro não deu qualquer resposta até o momento. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, havia autorizado que ele prestasse depoimento por escrito, já que o deputado está fora do país.
Investigação
A investigação foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta que Eduardo estaria tentando influenciar o governo Donald Trump a impor sanções a ministros do STF. A PGR se baseia em postagens e entrevistas públicas do deputado, que, segundo o órgão, têm como objetivo interferir no andamento das investigações sobre a tentativa de golpe no Brasil.
Ex-presidente
O caso também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi ouvido recentemente pela PF. Ele confirmou ter transferido R$ 2 milhões ao filho nos Estados Unidos, alegando que foi para que Eduardo "não passasse necessidade" enquanto estava no exterior. A movimentação chamou atenção dos investigadores. A conduta de Eduardo Bolsonaro pode configurar crimes como coação, obstrução de investigação sobre organização criminosa e até abolição violenta do Estado de Direito. O STF deve analisar os próximos passos da investigação diante da falta de colaboração do parlamentar. (Fonte: G1)