O ex-parlamentar Deltan Dallagnol (Pode-PR) declarou sua decisão de não interpor recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar seu mandato na Câmara dos Deputados.
Na última semana, o TSE negou o recurso da defesa do ex-coordenador da Operação Lava-Jato, deixando a possibilidade de recorrer ao Supremo para tentar restabelecer seu mandato.
Deltan Dallagnol expressou sua descrença na justiça do Supremo, destacando que sempre buscou a justiça, mas não a reconhece nas decisões proferidas pela maioria dos ministros do STF atualmente. Ele argumentou que o STF está prejudicando a democracia que deveria defender, tomando decisões cada vez mais arbitrárias.
“Não há justiça no Supremo. Eu sempre lutei por justiça, mas infelizmente não a reconheço nas decisões tomadas pela maioria do STF hoje. O STF está destruindo a democracia que deveria proteger, com decisões cada vez mais arbitrárias", disse.
Na visão de Deltan, o STF tem adotado uma postura política, arbitrária e ilegal, cujos mesmos ministros são acusados de terem 'matado' à Operação Lava-Jato. Em sua nota, mencionou explicitamente os nomes de Gilmar Mendes e Dias Toffoli, este último responsável por anular todas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht.
Deltan teve seu mandato cassado pelo TSE em maio, em decorrência de uma ação apresentada pela coligação liderada pelo PT no Paraná. O argumento central era que o ex-coordenador da Lava-Jato abandonou a carreira de procurador da República para evitar processos pendentes no âmbito do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), visto que uma possível condenação impossibilitaria sua candidatura.