Defesa de Mauro Cid pede liberdade provisória após firmar acordo de delação

O militar é considerado figura central na investigação que apura a venda e recompra de presentes oficiais recebidos por Bolsonaro durante seu mandato

Tenente-coronel Mauro Cid - ex-funcionário de Bolsonaro | Edilson Rodrigues/Agência Senado
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A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), solicitou sua liberdade provisória ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Isso ocorreu logo após a Polícia Federal (PF) aceitar iniciar um acordo de delação premiada com Cid, conforme relatado pelo portal G1.

O pedido de liberdade, que pode ser visto como uma contrapartida, foi formalizado após o ex-ajudante comparecer ao STF na quarta-feira (06) para manifestar sua disposição em colaborar com as investigações, em troca de vantagens jurídicas. Durante sua visita ao STF, ele se encontrou com o juiz Marco Antonio Martin Vargas, que atua no gabinete de Moraes.

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A próxima etapa desse processo envolverá a PF concluindo sua parte nas investigações e, em seguida, encaminhando o material ao Ministério Público Federal (MPF), que deverá analisar as condições do acordo proposto. Posteriormente, a delação premiada precisará ser homologada, ou seja, oficialmente confirmada pela Suprema Corte.

Desde que seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, foi alvo de uma operação da PF relacionada ao caso das joias, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tem demonstrado interesse em colaborar com as autoridades. Nas últimas semanas, ele prestou depoimento à PF em pelo menos três ocasiões. Em 31 de agosto, enquanto o ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) optaram por permanecer em silêncio diante dos delegados, Mauro Cid forneceu informações por mais de dez horas.

tenente-coronel é considerado uma figura central na investigação que apura a venda e recompra de presentes oficiais recebidos por Bolsonaro durante seu mandato. Uma operação realizada em 11 de agosto detalhou como joias sauditas e outros objetos foram negociados nos Estados Unidos, onde o pai de Mauro Cid residia, e para onde Bolsonaro se dirigiu após sua derrota nas eleições.

Além disso, Cid está envolvido em outras investigações, nas quais pode contribuir, como aquelas relacionadas às alegadas intenções golpistas de Bolsonaro e seus aliados, que se recusaram a aceitar a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro. O nome de Mauro Cid foi mencionado por Walter Delgatti, um hacker que afirmou ter discutido com Bolsonaro maneiras de tumultuar o processo eleitoral.

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