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Conselhos de estatais terão 30% das vagas reservadas para mulheres

A medida determina que, desse percentual, 30% das vagas sejam ocupadas por mulheres negras ou com deficiência, promovendo um olhar interseccional sobre equidade.

Leila do Vôlei, líder da Bancada Feminina no Senado | Foto: Divulgação Agência Senado
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Projeto de lei que estabelece cota mínima de 30% para mulheres nos conselhos de administração de empresas estatais foi aprovado nesta terça (24) no Senado Federal. A medida  determina que, desse percentual, 30% das vagas sejam ocupadas por mulheres negras ou com deficiência, promovendo um olhar interseccional sobre equidade.

Aplicação

As regras se aplicam a empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, e outras companhias em que a União, os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios detenham, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto.

Passou pela Câmara

A proposta, de autoria da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados e agora segue para sanção presidencial. O texto prevê que a meta seja alcançada de forma gradual, ao longo de três eleições internas, e cria mecanismos de fiscalização e sanção, como o impedimento de deliberação de conselhos que não cumprirem a regra. 

Sessão de votação

A votação da matéria foi presidida pela senadora Leila do Vôlei (PDT-DF), líder da Bancada Feminina, que comemorou a aprovação. “A diversidade de gênero nos conselhos não apenas promove justiça, mas qualifica as decisões, amplia a pluralidade de visões e fortalece a governança das estatais brasileiras”, disse Leila.

Sensibilidade

Leila ressaltou que a presença feminina na liderança garante mais sensibilidade e compromisso coletivo para os conselhos, ajudando a transformar o perfil da alta gestão pública no Brasil. A senadora celebrou o simbolismo da votação para as novas gerações. 

Apoio

O projeto teve apoio de mais de 600 lideranças femininas do setor público e privado, incluindo nomes como Luiza Helena Trajano, Janete Vaz e Maria Elizabeth Rocha. Para essas lideranças, trata-se de corrigir uma distorção histórica: atualmente, apenas 10% dos cargos nos conselhos das 100 maiores empresas da B3 são ocupados por mulheres. (Fonte: Agência Senado)

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