À época, eleito como segundo suplente de senador, na chapa do amazonense Eduardo Braga, Lirio Parisotto entrou para a política em 2010, como financiador da campanha. Prática tradicional da política brasileira, milionários costumam chegar ao Senado como suplentes, onde fazem um acordo com seus candidatos para exercerem parte do mandato sem que precisem batalhar por votos.
No entanto, esse não é o caso de Parisotto, que não teve chance de assumir o mandato. Isso porque a primeira suplente da aliança foi Sandra Braga, esposa de Eduardo. Ela ocupou a cadeira em 2015 e 2016, no período em que o titular esteve no Ministério de Minas e Energia do governo Dilma.
A fortuna de Lirio Parisotto (estimada em US$ 1,6 bilhão pela Forbes) começou a se formar quando, em 1988, ele fundou a Videolar, que viria a se tornar uma das maiores empresas da indústria fonográfica brasileira. Em 2002, entrou para o setor petroquímico, inaugurando a primeira indústria do segmento na Região Norte dedicada à produção de poliestireno, um material plástico usado como matéria prima pela Videolar e diversas indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus.
Atualmente, o mercado petroquímico é o foco de atuação da Videolar-Innova, nome que a empresa passou a utilizar após a compra da Innova Petroquímica em 2014. A firma opera quatro instalações industriais de alta tecnologia: três no Polo de Manaus e um no Polo de Triunfo (RS).
Enquanto isso, Parisotto vem multiplicando sua fortuna no mercado de ações: seu portfolio inclui papéis de bancos, mineradoras, companhias de energia, siderúrgicas e corporações que pagam altos dividendos. Além disso, possui títulos do Tesouro Nacional e imóveis por todo o Brasil.
O empresário também esteve no centro de uma polêmica nacional após ser acusado de ter agredido Luiza Brunet, sua ex-namorada, durante uma viagem a Nova Iorque em maio de 2016. Na ocasião, a modelo teve quatro costelas quebradas e uma lesão no olho esquerdo.
Com informações da Rede Jornal Contábil.