Congresso aprova LDO com meta de déficit zero e salário mínimo de R$ 1.502

Outra regra da LDO prevê que não serão vedados repasses federais a municípios com população inferior a 65 mil habitantes que estejam inadimplentes.

Câmara aprova LDO para 2025 | Bruno Spada/Agência Câmara
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (18), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 (PLN 3/24). O relatório aprovado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) estabelece entre outros pontos, a previsão de uma meta de déficit zero para o Orçamentos Fiscal e a Seguridade Social em 2025. O texto agora será enviado ao presidente Lula para ser sancionado.

Tolerância zero

O texto estabelece a margem de tolerância na meta fiscal de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos. A LDO prevê que o resultado primário poderá variar entre déficit de R$ 31 bilhões e superávit primário de R$ 31 bilhões em 2025, considerando a margem de tolerância.

Salário mínimo

O texto prevê reajuste do salário mínimo para R$ 1.502 em 2025. O valor ainda pode ser modificado devido ao pacote de cortes de gastos enviado pelo governo, que ainda não foi votado.

Fundo partidário 

Em relação ao Fundo Partidário, o texto da comissão estabelecia que o fundo deveria ser corrigido segundo as regras do novo arcabouço fiscal em 2025, limitado a até 2,5% acima da inflação do ano anterior. Com a mudança, a correção será feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Emendas

Para emendas parlamentares de transferência especial, as chamadas emendas Pix, foi mantido o relatório de Confúcio Moura, determinando que seja informado previamente o plano de trabalho, com objeto e valor do repasse. 

Para municípios

Outra regra da LDO prevê que não serão vedados repasses federais a municípios com população inferior a 65 mil habitantes que estejam inadimplentes. O relatório inclui lista com 16 tipos de despesas que não poderão ser contingenciadas, ou seja, congeladas no Orçamento de 2025.

Despesas não contigenciadas

- promoção do desenvolvimento regional por meio de recursos arrecadados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus;

- despesas relacionadas ao Ensino Profissional Marítimo; a implantação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras; despesas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal;

- despesas com análises para outorga de títulos minerários e com a fiscalização da lavra de recursos minerais estratégicos; aquisição e distribuição de alimentos da agricultura familiar;

- defesa agropecuária; subvenção econômica ao prêmio do seguro rural;

- despesas com proteção, promoção e apoio às populações indígenas;

- programa de proteção aos defensores de direitos humanos, comunicadores e ambientalistas;

- programa de proteção a crianças e adolescentes ameaçados de morte;

- programa de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas;

- Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente; Fundo Nacional do Idoso;

- Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações; despesas com a prevenção e mitigação de desastres naturais.

Gastos que não poderão ser congelados 

- Sistema de Fronteiras;

- Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal;

- Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa);

- apoio às populações indígenas; Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente;

- Fundo Nacional do Idoso;

- análises para outorga de títulos minerários com a fiscalização da lavra de recursos minerais estratégicos;

- aquisição e distribuição de alimentos da agricultura familiar para promoção da segurança alimentar e nutricional;

- defesa agropecuária; seguro rural; e outros.

Créditos extraordinários

. R$ 4,031 bilhões para Ministérios da Justiça e Segurança Pública, dos Transportes, e de Portos e Aeroportos, e de Operações Oficiais de Crédito; 

. R$ 15,4 milhões para Ministétio Portos e Aeroportos

. R$ 227 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, destinado ao Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra) 

. R$ 79 milhões para os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

. R$ 33 milhões para Tribunal de Contas da União e as Justiças Federal e Eleitoral; 

. R$ 25,5 milhões para Ministério Público da União; 

. R$ 16 milhões para Companhia Docas do Rio Grande do Norte; 

. R$ 553 milhões para as empresas Araucária Nitrogenados S.A., Petrobras Biocombustível S.A. e Petróleo Brasileiro S.A.

. R$ 286,9 milhões aprovados  para as Justiças Federal e Eleitoral, juntamente com a Justiça do Trabalho e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

. R$ 200 milhões para ser dividido entre o Banco da Amazônia (Basa), a Eletrobras Termonuclear, a Petrobras Biocombustível, a Companhia Docas do Ceará, e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

. R$ 552,8 milhões para empresas do grupo Petrobras. 

PPA 

Os congressistas aprovaram mudanças no Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 para alterar a meta de matrículas no ensino superior para jovens entre 18 e 24 anos. O objetivo é realizar ajustes na previsão que passa de 43,4% em 2027 para 42,6%.  (Com informações da Agência Brasil)

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES