O Exército divulgou a ata com os detalhes da reunião entre representantes do Piauí e Ceará, onde discutiram o processo de litígio entre os dois Estados. A previsão é de que a perícia seja concluída em maio de 2024. O encontro, liderado pelo general Marcis Gualberto Mendonça Júnior, teve como objetivo apresentar a metodologia utilizada pela Diretoria de Serviço Geográfico (DSG) do Exército Brasileiro para a execução dos trabalhos periciais.
A DSG explicou que o cronograma da perícia técnica envolve quatro fases distintas: planejamento, imageamento e coleta de dados, análise de dados históricos e geração de produtos periciais. Durante a reunião, os representantes do Exército detalharam os principais insumos que estão sendo estudados pela equipe de perícia, como documentos históricos, leis municipais, mapas, cartas da região e produtos obtidos por sensoriamento remoto, como imagens georreferenciadas, modelos digitais de elevação e vetores de hidrografia. Além disso, foram mencionados os insumos utilizados na análise dos dados coletados, incluindo cartas topográficas, mapas históricos, elementos fisiográficos, bacias hidrográficas e dados do último censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Piauí busca reaver uma área de mais de 3 mil km², atualmente ocupada pelos 13 municípios cearenses mencionados. Caso a decisão seja favorável ao Piauí, o território dos oito municípios piauienses será ampliado. Para resolver esse longo litígio, o estado optou por levar a questão ao Judiciário, resultando na determinação do Supremo Tribunal Federal para que o Exército realizasse a perícia na região em conflito, mais especificamente na Serra da Ibiapaba, lembrando que o Piauí bancou sozinho o valor para a realização do diagnóstico.