Por Rany Veloso, direto de Pequim
Após conquistar a meta de erradicar a pobreza, a China tem seu olhar agora voltado para um novo objetivo: alcançar a modernização integral do país em um curto período de tempo. Ranielly Veloso, jornalista brasileira recém-chegada ao território chinês e correspondente da Rede Meio Norte em Pequim, relata suas primeiras impressões, incluindo suas percepções sobre a gastronomia local, incluindo o tema sensível: o consumo de carne de cachorro.
História e empenho do governo chinês
A capital Pequim, lar de mais de 22 milhões de habitantes, enfrenta, como muitas metrópoles, desafios de infraestrutura. A cidade experimentou os impactos de um tufão recente, o Doksuri, que deixou em seu rastro pelo menos 20 mortos, pessoas desaparecidas e mais de 100 mil desabrigados. As fortes chuvas torrenciais registradas foram as mais intensas em uma década.
A importância da comunicação internacional para a China se torna evidente ao sediar mais de 80 jornalistas provenientes de 27 nações e quatro continentes, buscando aprimorar a troca de informações e fortalecer laços diplomáticos. Um dos países que compartilha essa plataforma de comunicação é o Brasil, principal parceiro comercial chinês desde 2009. A China Global Television Network (CGTN), uma estatal chinesa que opera 47 canais e 17 jornais, dedica alguns deles para a língua estrangeira, visando uma maior abrangência global.
No âmbito da mídia, a China está determinada a apresentar sua perspectiva sobre os eventos em curso. Depois de erradicar a pobreza em 2020, retirando 100 milhões de cidadãos dessa condição, o governo traçou como meta atingir a modernização completa até 2030, uma ambição ambiciosa que direciona suas iniciativas atuais.
O país é conhecido por suas inovações que impactaram o mundo, como o trem de alta velocidade, as bicicletas compartilhadas, o comércio online e até os sistemas de pagamento via aplicativos, abrindo mão do dinheiro físico.
Estigmas impostos
Nesse contexto, surgem mitos e estereótipos que envolvem a China. O ocidente muitas vezes presume que a carne de gato e cachorro faz parte da dieta chinesa e que a Grande Muralha foi construída com fins separatistas. Embora as refeições possam parecer estranhas aos olhos ocidentais, a aventura gastronômica de Ranielly começou desde o momento em que chegou a Pequim. Desde lulas espetadas a pratos de órgãos e carne exótica, o mundo culinário chinês apresenta-se como um verdadeiro parque de experiências.
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