Caminhoneiros vêem mudança na Petrobras positiva, mas apontam preocupações

Wallace, que é presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, considera essa medida positiva para o país.

Caminhoneiros acham mudança na Petrobras positiva, mas apontam preocupações | Reprodução
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Lideranças dos caminhoneiros brasileiros reagiram a mudança na política de preços da Petrobras, anunciada pelo governo Lula na última terça-feira (17). Wallace Landim, também conhecido como Chorão, um dos principais representantes da categoria expressou sua opinião em entrevista à revista Veja, sobre a decisão que levou ao fim a paridade de preços de importação para o petróleo.

Wallace, que é presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, considera essa medida positiva para o país, mas destaca a possibilidade de desabastecimento no mercado interno, uma vez que parte do petróleo refinado é importado, e a mudança proposta pelo governo pode diminuir a atratividade para os importadores do produto.

“A minha preocupação é referente à questão de um possível desabastecimento no país, porque querendo ou não hoje ainda a gente depende em cerca de 30% do óleo importado. Nós somos autossuficientes na extração, a gente exporta o produto cru e importa o refinado”, diz Chorão.

 “Meu medo é que os importadores não consigam mais trazer o petróleo refinado. Quem vai pagar a conta disso é o Tesouro Nacional. A gente fica feliz com a decisão, mas precisa acompanhar de perto a medida que o governo está adotando”.  Quando questionado sobre a possibilidade de desabastecimento do mercado interno devido à mudança na paridade de preços de importação do petróleo, Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), afirmou que "o risco aumenta".

Chorão destaca que o fim da paridade de importação era uma demanda da entidade que ele representa, e que eles se reuniram com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em 11 de abril, para discutir esse assunto. 

“O fim da paridade de importação, segundo o que ele nos passou, seria para implementar um custo alternativo, um custo de oportunidade na produção, na importação e na distribuição. Isso é bom para todo mundo. Com isso, a gente consegue acompanhar para que de fato chegue nas bombas e nas prateleiras da sociedade para que assim a gente consiga reduzir o preço dos itens”, afirma.

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