Brasileiros relatam agressão de agentes dos EUA durante voo de deportação

Kaleb Barbosa, de 28 anos, que migrou para os EUA há seis anos, descreveu o avião como “precário”

Agressão de agentes dos EUA durante voo de deportação | Reprodução
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Os primeiros brasileiros deportados dos Estados Unidos após a posse de Donald Trump chegaram ao Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, na noite de sábado (25). Relatos dos deportados revelam agressões, humilhações e condições desumanas durante o processo de deportação.

Sandra Pereira de Souza, de 36 anos, que viajava com o marido e dois filhos pequenos, descreveu a experiência como “um inferno, uma tortura”. Ela contou que o avião apresentou problemas técnicos, gerando medo entre os passageiros.

Agressões e algemas

Carlos Vinícius de Jesus, de 29 anos, natural de Vespasiano (MG), relatou que foi algemado, agredido e ameaçado pelos agentes de imigração. “Fui preso nos braços, pernas e cintura. Eles não respeitaram a gente, bateram em nós e disseram que iam derrubar o avião”, afirmou.

Outros homens também relataram agressões físicas, incluindo tapas, murros e uso das algemas como instrumento de violência. Apenas mulheres, crianças e pais acompanhados de filhos foram poupados.

Condições precárias do avião

Kaleb Barbosa, de 28 anos, que migrou para os EUA há seis anos, descreveu o avião como “precário”. Ele contou que o ar-condicionado quebrou durante o voo, causando desmaios e choro das crianças. “As turbinas paravam durante o voo, foi desesperador, coisa de filme”, disse.

Após o pouso em Manaus, as turbinas soltaram fumaça, e as saídas de emergência foram abertas. Kaleb afirmou que, sem a intervenção do governo brasileiro e o uso de um avião da FAB, o desfecho poderia ter sido trágico.

Reconstruindo a vida no Brasil

Sandra e o marido, Alisdete Gonçalves dos Santos, de 49 anos, deixaram para trás uma empresa, casa e carro nos EUA. Eles disseram que não planejavam voltar ao Brasil, mas agora buscam reconstruir a vida no país. “Passamos por momentos terríveis, mas estamos aliviados de estar em casa”, afirmou Sandra. O governo brasileiro garantiu assistência aos deportados, retirando as algemas e oferecendo transporte digno até Belo Horizonte.

Para mais informações, acesse meionews.com

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