Brasil sofreu 103,16 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2022

Comandante da Marinha diz que as ameaças são provenientes de diversas frentes.

Ministro José Múcio e comandantes das Forças Armadas no Senado | Pedro França / Agência Senado
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A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacinal (CRE) do Senado ouviu, em audiência pública no Senado, nesta quinta-feira, 4, o ministro da Defesa, José Múcio Filho. Estavam presentes na audiência, os comandantes das Forças Armadas.

Durante audiência, Múcio negou que os militares do país se conduzam por viés ideológico e participem da política e declarou que as Forças Armadas “tem sido extremamente louvável a atuação das Forças nos últimos episódios que presenciamos”, disse.

De acordo com o comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, a fronteira cibernética é imensa e não para de crescer. Somente no ano passado, foram registrados 103,16 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no Brasil, o que faz do país o segundo mais atingido em todo o mundo, atrás somente dos Estados Unidos.

O almirante Mrcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha do Brasil, explicou que as ameaças são provenientes de diversas frentes e entre as mais recentes, além da defesa cibernética, pairam preocupações com questões relacionadas à área ambiental, à pesca ilegal, além de biopirataria, pirataria, terrorismo e desastres naturais.

Separação questão militar da política

No campo da política, o ministro da Defesa disse que apresentou ao governo um projeto onde a questão militar e política seria absolutamente separada. 

"Queria enfatizar, em momento nenhuma as Forças Armadas têm participado de política. Temos tido uma atuação conjunta, permanente e dedicada com todos os comandantes, o Estado Maior e os três comandantes, para que nossas atividades sejam voltadas para dentro das Forças", ressaltou.

O ministro José Múcio pediu ajuda aos senadores para o aumento dos investimentos na área de defesa nacional. A principal demanda do Ministério e das Forças Armadas é atrelar o orçamento para a defesa ao produto interno bruto (PIB). Hoje, os recursos da pasta são de 1,1% do PIB, mas não há vinculação.

De acordo com o ministro, o governo já sinalizou para que o ministério apresente proposta de crescimento gradativo dos recursos com relação ao PIB, de forma que alcance aos poucos o mínimo de 2%, percentual recomendado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). (Com informações da Agência Senado)

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