Brasil convoca segunda reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta sexta

Ministro das Relações Exteriores adiou viagem para as Filipinas para participar de reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York.

Chanceler Mauro Vieira | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, adiou a vista que faria para as Filipinas e viaja para Nova York, nos Estados Unidos (EUA), nesta quinta-feira, 12. O chanceler foi convocado pelo Brasil, que atualmente preside o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para participar de reunião do Conselho, que ocorre nesta sexta-feira, 13, e vai tratar a respeito da situação do conflito entre Israel e Palestina, que já dura cinco dias.

O chanceler estava em agenda oficial no Camboja e, de lá, iria até as Filipinas. A viagem ao Sudeste Asiático foi adiada para que ele pusse participar dessa reunião de emergência,  já que o Brasil preside o Conselho de Segurança ao longo deste mês de outubro, e tem a prerrogativa de convocar reuniões do colegiado. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Ministério das Relações Exteriores.

De acordo como chanceler, o Brasil se posicional pela “condenação dos atos de violência, condenação do estado de hostilidade, e empenhar todos os esforços para que se possa chegar a um entendimento e a uma cessação de fogo em um primeiro momento, e uma negociação de paz”. Um dia após ao ataque do Hamas a Israel o Brasil convocou a primeira reunião, que foi realizada a portas fechadas e foi encerrada sem declaração final.

Durante a reunião,  Sérgio Danese, embaixador brasileiro na ONU, relatou que o objetivo principal do encontro era de expor a situação atual de Israel aos integrantes do Conselho de Segurança. No entanto, já era previsto que não haveria consenso entre os embaixadores sobre quais medidas seriam tomadas pela organização.

Posterior à primeira reunião, o embaixador americano Robert Wood afirmou que muitos condenaram os ataques do Hamas e a invasão do território israelense, mas que “obviamente, não todos” fizeram isso.

No dia 1º de outubro, quando o Brasil assumiu a presidência do conselho não havia reuniões previstas para tratar sobre outra guerra em andamento, a da Ucrânia. O conflito em Israel iniciou no último sábado, dia 7, com um ataque do grupo radical islâmico Hamas. Antes do ataque a Israel, a situação na Palestina já seria debatida em evento previsto para o dia 24 de outubro, com a presença de  Mauro Vieira.

No fim de semana, o Itamaraty defendeu seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Mais cedo, nesta quarta, o presidente Lula fez um apelo ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e à comunidade internacional, em defesa das crianças palestinas e israelenses.

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