Ao ser ouvido no STF, nesta terça (10), o general Braga Netto negou ter repassado a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, dinheiro dentro de uma sacola de vinho para que fosse entregue a militares que faziam parte do esquadrão de elite do Exército, chamados de "kids-pretos".
Videonconferência
Militar da reserva e vice na chapa de Bolsonaro em 2022, Braga Netto foi interrogado, por videoconferência, por ser um dos réus do Núcleo 1 da ação penal da trama golpista. Ele está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e de tentar obter detalhes dos depoimentos de delação de Cid.
Negação
Braga Netto rebateu as acusações feitas na segunda durante interrogatório do ex-ajudante no STF. Cid disse que recebeu dinheiro dentro da sacola de vinho e que o recurso foi entregue pelo general. De acordo com as investigações, o dinheiro seria destinado ao financiamento das ações do plano golpista.
Delação
Braga Netto negou ter tomado a iniciativa de tentar contato com o pai de Mauro Cid, general Lourena Cid, para obter informações sobre o acordo de delação premiada. Segundo Braga Netto, Lourena entrou em contato com ele para pedir apoio político para o filho.
Ataques virtuais
Braga Netto negou ter ordenado ataques de apoiadores de Bolsonaro aos ex-comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Júnior, porque eles não aceitaram aderir à proposta golpista. 'Durante as investigações, foram encontradas mensagens de WhatsApp nas quais o general teria mandado "sentar o pau" nas críticas aos comandantes. Braga Netto é o último réu interrogado do núcleo 1 da ação penal pelo relator Alexandre de Moraes. (Fonte: Agência Brasil)