Bolsonaro se solidariza com Moro e chama apreensão de “agressão e covardia”

O ex-juiz da Lava Jato ocupou o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública até abril de 2020

Bolsonaro | reprodução
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O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), defendeu nesta terça-feira (6), o ex-aliado Sergio Moro (União Brasil-PR), alvo de busca e apreensão de material irregular de campanha em sua casa. Ele é candidato a uma vaga no Senado. 

Bolsonaro critica busca e apreensão contra Moro: "Covardia" - Foto: Carolina Antunes/PR/Reprodução

Bolsonaro costuma fazer críticas a Moro, que deixou o governo há pouco mais de dois anos depois de romper com o presidente e acusá-lo de tentar interferir no comando da Polícia Federal. O ex-juiz da Lava Jato ocupou o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública até abril de 2020. 

"Não tenho nada para defender Moro, tenho péssimas recordações enquanto ministro meu que poderia ter feito muita coisa, não fez, mas esse fato de ir na casa do Moro, até que fosse outro local até comitê, escritório político dele, é uma agressão. Por causa de tamanho de letra? Faz por escrito. Uma covardia que fizeram com ex-ministro Moro", disse o postulante à reeleição em entrevista à Jovem Pan.

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A medida contra Moro atendeu a pedido da Federação "Brasil da Esperança", formada por PT, PCdoB e PV no Paraná.

A juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas acolheu pedido do PT, que alega que Moro e o também candidato ao Senado no Paraná Paulo Eduardo Martins (PL) estão usando materiais impressos que violam a legislação eleitoral e que suas redes sociais têm publicado propaganda irregular "ante a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes". 

Durante a entrevista, Bolsonaro também voltou a dizer que Moro o decepcionou e citou a relação do ex-ministro com o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), também seu ex-aliado. "Sérgio Moro tinha tudo para ser um excelente político, trazia uma bagagem muito grande lá atrás da Lava Jato, tinha tudo, talvez ser meu vice, em 2026 candidato a presidente. Algo subiu a cabeça dele, as amizades, que ele cultivou ao longo desse tempo dele de ministro levou a isso, muito chegado ao Dória em São Paulo. Fiquei sabendo que ele era comum visitar o Dória em São Paulo, nunca reportou nada para mim, você não deve satisfação, não deve, mas por que não?", indagou o presidente.

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