Bolsonaro prepara rompimento com PL, e Costa Neto não impõe resistência

Caso o ex-presidente saia, a bancada de deputados aliados deve o acompanhar e levar junto o Fundo Partidário

Ex-presidente cogita deixar o PL | REUTERS/Adriano Machado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pensa em deixar o PL, mas planeja aguardar o momento certo para romper com o partido. Apesar disso, Bolsonaro tem evitado discutir publicamente essa possibilidade.

Inicialmente, a estratégia do ex-presidente é fortalecer a bancada bolsonarista no Congresso Nacional, bem como nos cargos de vereadores, prefeitos e governadores. Por isso, ele pretende continuar no partido até a "janela partidária" de 2026.

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A janela partidária ocorre seis meses antes das eleições para deputado federal, geralmente entre março e abril. Nesse período, os deputados podem trocar de partido sem sofrer penalidades e ficam aptos a concorrer à reeleição.

É nesse momento que Bolsonaro planeja reunir seu grupo e decidir se permanecere no PL ou não. Caso decida migrar para outra legenda, os bolsonaristas levarão consigo os recursos oriundos do Fundo Partidário.

Ainda não está definido se o ex-mandatário buscará criar um novo partido ou tentará abrigar seu grupo em outra legenda. Suas tentativas anteriores de criar uma legenda própria não foram bem-sucedidas.

Esperançoso

Apesar de não poder se candidatar em 2026, Bolsonaro mantém a esperança de concorrer novamente à Presidência nas eleições seguintes. Nesse caso, ele apoiaria um candidato de sua total confiança, independentemente do PL.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, está ciente dos planos do ex-presidente. Ambos reconhecem as dificuldades no relacionamento e têm conversas sinceras sobre as possibilidades futuras.

O PL também não tem interesse em romper com o grupo bolsonarista neste momento. A intenção de Valdemar é utilizar o ex-chefe do Executivo como um cabo eleitoral nas eleições municipais de 2024.

Na janela partidária de 2026, será feita uma avaliação sobre a possibilidade de os bolsonaristas permanecerem no partido. Valdemar acredita que essa é a melhor opção, uma vez que manteria o Fundo Partidário na legenda, cujo montante é determinado pelo número de deputados eleitos.

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