Na manhã desta quarta-feira (02), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu informações sobre a operação da Polícia Federal (PF) que realizou busca e apreensão nos endereços da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e prendeu Walter Delgatti Neto, conhecido como o "hacker da Vaza Jato".
Ao ser informado da situação, Bolsonaro categorizou Zambelli como "inconsequente" e "tóxica". Fontes próximas ao ex-presidente destacaram que ele fez questão de salientar que não tem mantido contato com a ex-aliada há meses, apesar das diversas tentativas de comunicação da deputada nos últimos tempos.
Além disso, o ex-presidente voltou a mencionar Zambelli como uma das principais responsáveis por sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o ex-presidente, o episódio em que a deputada apontou uma arma para um apoiador de Lula na véspera das eleições teve um impacto significativo em seu desempenho eleitoral.
Apesar dos murmúrios nos bastidores, Bolsonaro recebeu conselhos de assessores e aliados próximos para manter uma distância pública em relação ao caso envolvendo Zambelli. Até o momento, ex-mandatário, que se encontra em Brasília, deve evitar fazer declarações públicas sobre a operação.
Descontentamento com Valdemar
O círculo próximo a Bolsonaro também demonstrou descontentamento em relação à postura do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que saiu em defesa de Zambelli. De acordo com assessores do ex-presidente, Valdemar deu mais um sinal de não estar alinhado com Bolsonaro ao tomar essa posição.
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