Exclusivo Bolsonaro diz que Valdemar se equivocou ao dizer que cassação é boa para PL

O ex-chefe do executivo nacional criticou a postura do líder do partido.

Bolsonaro diz que Valdemar se equivocou ao dizer que cassação é boa para PL | Reprodução
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Prestes a ter seus direitos políticos julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista exclusiva ao Jogo do Poder, quadro do programa Agora da Rede Meio Norte na tarde desta quarta-feira (21). Na ocasião, Bolsonaro falou, entre outros temas, sobre o pronunciamento do presidente de seu partido, Valdemar Costa Neto, que avaliou como positiva a sua cassação, visando as eleições de 2024.

"Um grande equívoco por parte do Valdemar. Ele concorda com isso e eu conversei com ele. Forçaram a barra para cima dele caso eu perca meus direitos políticos. EU conversei com ele e está tudo certo e obviamente a liderança do PL sou eu, grande liderança de oposição ao governo que está aí. Nós botamos uma meta de mil prefeitos no ano que vem. Eu acho que pode até aumentar com o arquivamento do meu processo".

Motivos para otimismo

Bolsonaro demonstrou otimismo com o julgamento do TSE que pode cassar, ou não, seus direitos políticos. Ele argumenta que a decisão proferida em 2017, com o caso da chapa DIlma e Temer, abre precedentes para que o mesmo aconteça com o seu caso. Bolsonaro acredita que o arquivamento do caso seja o "mais lógico", dentro da jurisprudência brasileira.

"Esperamos que o TSE não aceite, a exemplo de 2017, não aceite outros fatos que possam vir a prejudicar a ação como um todo. Se esse fatos não forem encampados, acolhidos pelo TSE, a tramitação segue igual a de 2017, sendo assim a acusação pra eu perder meus direitos políticos perde força. Esse é nosso maior argumento. O julgamento não pode ser feito levando em consideração a posição ideológica de um candidato".

Sobre convocação para CPMI

Questionado se compareceria a CPMI que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro, Bolsonaro disse não ter nada a esconder. "Convocação ninguem pode negar, não tenho nada a esconder, pode ser um momento para esclarecer muita coisa sobre meu mandato, condenamos as depredações do oito de janeiro. A esquerda fala muito de golpe, mas ali foi no domingo, como é que tem golpe ? O presidente nao estava, é uma cortina de fumaça, uma narrativa da esquerda".

SUSESSOR

Caso fique inelegível, diversos nomes são ventilados para substituir Bolsonaro na disputa das eleiççoes presidenciais de 2016. Sobre o assunto, o ex-presidente preferiu não tomar partido, argumentando que não trabalha com essa hipótese de ficar inelegível. No entanto, citou nomes que considera de expressão em seu campo político. "Eu não conto com o se, formamos lideranças como Michele, Tarcisio, não quero falar em se. Se o julgamento for justo, eu não ficarei inelegivel. Ciro é um exelente nome, foi meu ministro mas não trabalhamos com o se".

Assista e entrevista completa

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