Após Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), questionar neste sábado (6) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçar saída da plataforma do Brasil, o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, defendeu na manhã deste domingo (7) a regulamentação "urgente" das redes sociais e criticou de forma indireta o bilionário.
O QUE ACONTECEU: Jorge Messias disse que "bilionários com domicílio no exterior" não podem ter controle de redes sociais e violar o Estado de Direito. Musk disse que retiraria todas as restrições de contas no X determinadas pelo Judiciário brasileiro e ameaçou fechar o escritório da empresa no Brasil. Líder do governo diz que Musk não está acima da lei e também defendeu a regulamentação.
O senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) declarou que a medida é o "único caminho para garantir que nenhuma plataforma sirva de playground de bilionário descompromissado com a democracia". O Deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirma que pedirá que o projeto sobre regulamentação seja pautado, "e desenvolvermos o regime de responsabilidades dessas plataformas digitais".
A Presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o empresário inflama a extrema-direita ao insinuar que há censura no Brasil. No entanto, Musk apenas questionou Moraes do porquê de "tanta censura no Brasil", em um comentário em uma postagem no perfil oficial de Moraes no X, em que o ministro parabenizava o ex-STF Ricardo Lewandowski pela nomeação como chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, em 11 de janeiro.
Em contrapartida, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse preparar o pedido para uma audiência na Câmara para discutir o "Twitter Files Brasil [arquivos do Twitter Brasil, em em tradução livre] e censura", inclusive com um representante do X.