Novos detalhes surgiram na investigação sobre o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, com base na delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa. Lessa revelou às autoridades que, enquanto bebia uísque com o advogado André Luiz Fernandes Maia, pesquisou locais no Rio de Janeiro para cometer o crime. Segundo documentos da investigação, Lessa estava "obcecado" em encontrar uma alternativa viável para a execução e estudou com afinco o endereço da Rua do Bispo, no Rio Comprido.
No entanto, a pesquisa feita no Google Maps foi considerada "inócua", já que outra rota foi considerada mais "eficaz" pelos executores do assassinato. Marielle e Anderson foram mortos a tiros na Rua Joaquim Palhares, no Estácio. Quase um mês depois, o advogado André Luiz Fernandes Maia foi assassinado a tiros no Anil, na zona Oeste do Rio.
André Luiz Fernandes Maia foi surpreendido por dois homens numa moto enquanto saía de casa. Os criminosos atiraram cerca de dez vezes contra ele, atingindo-o fatalmente no peito. A Polícia Civil do Rio abriu uma investigação sobre o caso, levantando a suspeita de envolvimento da milícia na morte.
Além de residir no Anil, André Luiz mantinha um escritório de advocacia no mesmo bairro e tinha diversos clientes, incluindo Moisés da Silva Fernandes, da Associação das Escolas de Samba da cidade do Rio de Janeiro. O advogado já tinha antecedentes criminais, tendo sido condenado por coação no curso do processo em 2014.
As revelações de Ronnie Lessa na delação premiada levaram a novos desdobramentos no caso. Ele apontou os irmãos Brazão, Chiquinho e Domingos, como mandantes do assassinato, levando à prisão de ambos, assim como do ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. O relatório da investigação da PF afirma que "inexistem dúvidas" sobre a motivação dos irmãos Brazão para o crime, relacionando-o a divergências políticas na regularização fundiária de condomínios da Zona Oeste do Rio.
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