Uma mulher, identificada como Elaine Domenes de Castro, de 53 anos, foi morta a tiros na madrugada desta quarta-feira (05), na frente do condomínio onde morava na região dos Campos Elíseos, Centro de São Paulo. O ex-companheiro é o principal suspeito do crime. Ele segue sendo procurado pela polícia.
CÂMERA FLAGROU CRIME
Imagens de câmera de segurança obtidas pelo MeioNews, mostram o momento do crime. A atendente, de 53 anos, caminha na frente do condomínio por volta da meia-noite. Na sequência, o motorista de um carro sai do veículo e começa a seguir a vítima. Nas imagens é possível ver, o homem que seria o motorista de aplicativo, Rogério Benedito Gonçalves, de 56 anos, encurralando a mulher numa parede. Na sequência ele saca uma arma e atira na vítima.
Um dos filhos de Elaine, que mora próximo à mãe, disse ter ouvido cerca de três disparos. A família da vítima disse que Rogério seria o responsável, já que o suposto autor não aceitava o fim do relacionamento de um ano. Ainda segundo os filhos, Elaine tinha uma medida protetiva contra Rogério, por uma agressão ocorrida anteriormente.
O QUE DIZ UMA DAS FILHAS?
No trecho de um boletim de ocorrência na qual o MeioNews teve acesso, após a medida protetiva, Rogério, teria pegado o celular da vítima como uma forma de fazer “chantagem”, a mulher teria ido até a casa do suposto autor para buscar o celular. Rogério teria ameaçado a mulher de morte caso ela não tirasse a medida protetiva. Uma das filhas de Elaine tentou ligar para a mãe durante o período que ela tentava pegar o celular da casa de Rogério, mas não teve resposta. Ela então ligou para Rogério e ele acabou atendendo.
“Diante disso, ligou para Rogério, que atendeu e disse apenas: “Fala”. Ao perguntar por sua mãe, ouviu sua voz ao fundo, dizendo: “Bianca, está tudo bem, estou com ele””, diz o trecho no Boletim.
A vítima recuperou o celular, mas ao voltar para casa, acabou sendo morta, como mostra as imagens.
HISTÓRICO DE ROGÉRIO
Não é a primeira vez que Rogério é investigado ou responde a um inquérito. O primeiro foi registrado ainda em 1989, quando tinha 21 anos, quando uma ex-noiva o denúnciou por agressão, na época, a vítima tinha 18 anos. Rogério não foi preso. Em 2003, foi condenado pela justiça por porte ilegal de arma, mas também não foi preso.
Em 2005, Rogério foi acusado de matar uma ex-companheira na Zona Leste de São Paulo. Na denúncia do Ministério Público, o autor não aceitava o fim do relacionamento e atirou na cabeça da vítima, identificada como Wanda Maria de Oliveira Silva. A justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva de Rogério em 2006 e em 2007 foi preso. em 2012, conseguiu progressão de pena sendo transferido para o semiaberto e em 2015, a justiça deu a chance de cumprir regime aberto por “bom comportamento”. Por fim, Rogério cumpriu as determinações até 2020.