A prisão preventiva de Monique Medeiros, acusada de tortura e homicídio do próprio filho, o menino Henry Borel, foi mantida pela justiça. A decisão foi tomada justamente após Monique passar por uma audiência de custódia na Central de Custódias de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na sexta-feira.
Monique foi presa novamente na casa de sua mãe, em Bangu, na zona Oeste do Rio, por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta a um recurso apresentado pelo pai da criança, Leniel Borel. Leniel comemorou a decisão do STF e expressou gratidão ao tribunal por buscar justiça para o seu filho em todas as fases do processo.
O ministro Gilmar Mendes justificou a nova ordem de prisão, afirmando que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não está de acordo com a realidade dos autos e vai contra a jurisprudência do STF. Segundo o ministro, a prisão preventiva não foi decretada somente com base na gravidade abstrata do delito, mas sim com base em elementos concretos apresentados pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que indicam a gravidade das circunstâncias e a forma como o delito foi cometido.
Leniel Borel afirmou que a prisão de Monique é imprescindível, uma vez que ela foi pronunciada por crimes de homicídio, tortura e coação no curso do processo. Ele considera essa decisão uma vitória para todas as vítimas do Brasil que têm suas vozes silenciadas no sistema judicial.
O advogado de Leniel, Cristiano Medina da Rocha, classificou a decisão como um marco histórico e destacou que há provas robustas que demonstram que a liberdade de Monique representa um risco real para a ordem pública, o andamento do processo e a aplicação da lei penal.