A Polícia Civil de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, quer começar a ouvir ainda nesta terça-feira (15) testemunhas que possam ajudar a identificar os suspeitos pelo assassinato da supervisora de vendas Vanessa Duarte, de 25 anos.
De acordo com o Setor de Homicídios de Proteção à Pessoa, a vítima foi morta por alguém que ela conhecia. Parentes, como a irmã gêmea da vendedora, Valéria Duarte, amigos, conhecidos e o noivo de Vanessa, Luiz Vanderlei de Oliveira, também deverão comparecer à delegacia em breve para prestar esclarecimentos que possam contribuir para esclarecer o caso.
A mulher desapareceu no sábado (12), quando saiu de carro da casa do noivo, em Barueri. Naquele mesmo dia, a Polícia Militar encontrou o veículo abandonado em Vargem Grande Paulista. No domingo (13), acharam o corpo dela seminu num matagal na mesma região. O enterro ocorreu na segunda-feira (14) num cemitério em Barueri.
Uma mulher que afirmou à polícia ter visto um homem perto do veículo usado pela vítima deverá ajudar a elaborar um retrato falado do suspeito. A investigação trabalha com a hipótese de pelo menos duas pessoas terem participado do crime. Peritos informaram que Vanessa sofreu agressões dentro do automóvel e lutou contra assassino. Marcas de sangue e fios de cabelo foram encontradas no estofado.
Vanessa Duarte desapareceu no sábado de manhã, depois de sair da casa do noivo em Barueri, dirigindo o carro dele. "Eu liguei e já deu caixa postal. Só que como eu não sabia de nada, eu achei normal. Imaginei que devia estar na aula e desligou o celular?, diz Luiz Vanderlei de Oliveira, noivo de Vanessa.
Vanessa, porém, não apareceu na sala de aula em São Paulo nem deu carona para as amigas de curso, como tinha combinado. O carro foi abandonado em Vargem Grande Paulista, com marcas de incêndio e um frasco de álcool dentro.
O corpo de Vanessa foi encontrado em uma estrada de terra, cercada de mato, entre Vargem Grande Paulista e Cotia, a 7 km do local onde o carro que ela dirigia foi abandonado. Policiais militares amigos da família vasculhavam a região e passavam pelo local quando encontraram um broche e o cinto que ela usava no dia em que desapareceu.
Eles foram, então, olhar com mais cuidado o local e infelizmente acharam o corpo de Vanessa caído na ribanceira, a uns cinco metros. O corpo tinha muitas marcas de violência, com muitos machucados no rosto e principalmente no pescoço.
Os peritos foram até o local e um pouco à frente, a uns dez metros da estrada, encontraram caixas de preservativos, que foram recolhidas para análise em laboratório. A polícia está convencida de que o crime foi praticado por mais de uma pessoa e que a vítima conhecia os assassinos.
?O que a gente estranha é a rapidez com que o corpo foi encontrado. Dá impressão de que não sobra nenhum espaço para um possível sequestro ou um pedido de resgate. É algo relacionado ao cotidiano da vítima mesmo. A gente trabalha com a hipótese provável de um crime mais vinculado a uma pessoa mais próxima da vítima?, afirma o delegado Zacarias Tadros.