A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou, na tarde desta terça-feira (1º de agosto), que ao menos 13 pessoas perderam suas vidas durante a Operação Escudo realizada em Guarujá, no litoral de São Paulo. A ação militar começou na sexta-feira (28), após criminosos executarem o soldado Patrick Bastos Reis, que estava em um patrulhamento na região.
Na quinta-feira (27), Patrick, que é Polícia Militar da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), foi baleado no tórax e não resistiu. Na ocasião, um outro PM foi baleado na mão, socorrido e felizmente passa bem. No dia, uma equipa da polícia estava na comunidade da Vila Zilda realizando um patrulhamento, quando foram surpreendidos pelos tiros dos criminosos.
Desde então, foi deflagrada a Operação Escudo com o objetivo de capturar os criminosos responsáveis pela ação contra os agentes. O suspeito de atirar e matar Patrick está preso. Ele passou por audiência de custódia no Fórum de Santos, no litoral de São Paulo. Erickson David da Silva, de 28 anos, teve a prisão temporária mantida por 30 dias.
Além das 13 mortes, a Secretaria de Segurança informou que foram presas 32 pessoas e apreendidos mais de 20 kg de drogas. A operação, segundo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, segue até o fim de agosto na Baixada Santista. O objetivo da ação é de repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado.
Nesta segunda-feira (31), o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que a ação "não parecia ser proporcional". A ouvidoria da PM alertou que está recebendo denúncias de excessos dos agentes envolvidos na Operação Escudo. As mortes também estão sendo acompanhadas pelo Ministério Público.
Conforme a operação, os agentes estão realizando patrulhamento pelas regiões, e a maior parte dos boletins de ocorrência cita confrontos com os PMs de pessoas armadas. A SSP-SP disse que imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis.