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Quem era Ruy Ferraz Fontes? O que se sabe sobre o atentado contra o ex-delegado

Após o acidente, três homens desceram do carro usado pelos criminosos e dispararam mais de 20 vezes contra Fontes, usando fuzis.

Ruy Ferraz Fontes foi executado a tiros em Praia Grande | Foto: Reprodução
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O assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e atual secretário de Administração de Praia Grande, chocou o país nesta segunda-feira (15). O crime ocorreu por volta das 18h, na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, no bairro Nova Mirim, litoral paulista.

Como foi o atentado

De acordo com câmeras de segurança, o carro de Fontes foi perseguido por criminosos armados. Durante a fuga, o veículo da vítima colidiu contra um ônibus, foi atingido na traseira e capotou. A Polícia Militar informou que o ex-delegado já havia sido baleado antes de perder o controle.

Após o acidente, três homens desceram do carro usado pelos criminosos e dispararam mais de 20 vezes contra Fontes, usando fuzis. Testemunhas registraram cenas de desespero no local. O Samu foi acionado e constatou a morte do secretário. Um homem e uma mulher que passavam pela rua também foram baleados, mas não correm risco de vida.

Quem era Ruy Ferraz Fontes

Com 68 anos, formado em Direito e pós-graduado em Direito Civil, Fontes atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil. Foi pioneiro nas investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC), prendeu lideranças e mapeou a estrutura da facção.

Em 2006, sua atuação no combate ao crime organizado ganhou destaque durante a onda de ataques ordenada pelo PCC em São Paulo. Em 2019, assumiu o comando da Polícia Civil paulista, indicado pelo então governador João Doria, e coordenou a transferência de chefes da facção para presídios federais.

Aposentado, assumiu em 2023 a Secretaria de Administração de Praia Grande, cargo que ocupava até ser assassinado.

Linhas de investigação

A polícia trabalha com duas principais hipóteses: vingança pela atuação histórica contra o PCC ou represália relacionada ao cargo de secretário. O governador Tarcísio de Freitas determinou a criação de uma força-tarefa para identificar os responsáveis.

Carros usados na ação foram encontrados em Praia Grande: um deles incendiado, outro com carregadores e munições de fuzil. Ambos tinham sido roubados em São Paulo.

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