O promotor de Justiça aposentado Raimundo Reis Vieira, de 85 anos, foi resgatado por policiais na madrugada desta sexta-feira (26), após ser sequestrado por criminosos encapuzados e mantido em um cativeiro na zona rural de São Luís (MA). O idoso ficou cerca de 60 horas em poder dos sequestradores, que exigiram uma quantia de R$ 200 mil para libertar a vítima. Dois homens e uma mulher foram presos.
COMO OCORREU: Na tarde da última terça-feira (23), dois criminosos abordaram o idoso, o renderam e seguiram no carro dele até o Habitacional Cohab IV, onde o veículo foi abandonado. Horas depois, os suspeitos entraram em contato com a família para exigir o dinheiro para libertar o promotor. A companheira e a filha de Raimundo eram quem conversavam com os criminosos. A polícia entrou no caso e passou a monitorar as chamadas. Durante as negociações, os criminosos deram uma falsa informação sobre o local do cativeiro. O promotor, na verdade, estava a cerca de 26 km de distância do local informado, na Vila Maracajá.
INVESTIGAÇÃO: Uma operação da Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) conseguiu descobrir o local onde a vítima estava presa. Os sequestradores exigiam a quantia de R$ 200 mil para libertar o promotor.
"Nós fecha os 200 mil", dizia uma das mensagens enviadas aos familiares, que recorreram à polícia.
Raimundo Reis foi resgatado por volta das 3 horas desta sexta (26). Ele possui casas de aluguel e comércio na região do Sol e Mar, onde foi sequestrado. Várias pessoas foram conduzidas para prestar depoimento e três tiveram a prisão decretada por participação direta no crime. Os suspeitos presos foram identificados como Thales Pinheiro Brito, vulgo “Pipoca”, Abimael Braga Neto e Valdilene Zagueu Guimarães.
"A participação mais grave foi do 'Pipoca', que a gente acredita que é o líder disso. A participação dos outros é de menor importância, comparada a ele. Mas, todos estão envolvidos no caso. Tem mais dois identificados já, e a gente tá trabalhando para prender, além desses dois, outros envolvidos", afirmou o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), Jair Paiva, ao G1.