O ‘Caso Eloá’ voltou à tona após o retorno do programa Linha Direta que aconteceu nesta quinta-feira (04). O programa comandado por Pedro Bial, relembrou como tudo aconteceu em outubro de 2008, onde a jovem Eloá Pimentel, de apenas 15 anos foi mantida em cárcere pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, no seu apartamento em Santo André, na Grande São Paulo.
Como relembrado no programa, o final das mais de 100 horas de sequestro terminou com a morte de Eloá que foi assassinada por Lindemberg após a Polícia Militar invadir o apartamento com uma explosão.
Lindemberg atirou na cabeça da ex-namorada e atingiu Nayara, amiga da jovem, que sobreviveu. Ele foi preso na sequência e encaminhado para um presídio.
CONDENADO
Em fevereiro de 2012, três anos e quatro meses depois da morte de Eloá, Lindemberg foi condenado a 98 anos e 10 meses de prisão. Após quatro dias de julgamento, ele foi acusado e condenado por 12 crimes, que são eles:
- Homicídio qualificado da Eloá;
- Tentativa de homicídio de Nayara Rodrigues da Silva e do sargento da Polícia Militar Atos Valeriano;
- Sequestro e cárcere privado de Eloá, Nayara e os outros dois amigos das jovens que ficaram o primeiro dia no apartamento: Victor Lopes de Campos e Iago Vilela de Oliveira;
- Disparo de arma de fogo;
PEDIU DESCULPAS
No julgamento, o réu confessou que atirou em Eloá, mas negou ter planejado a morte da jovem, assim como negou ter tentado atirar contra um policial que atuava nas negociações. Lindemberg também negou que tenha mantido os amigos de Eloá em cárcere e que eles ficaram no apartamento porque quiseram. “Eu queria aproveitar e pedir desculpas publicamente à dona Tina por tudo que aconteceu”, disse ele.
Na sentença, a juíza Milena Dias afirmou que o réu agiu com frieza. "O réu agiu com frieza, premeditadamente em razão de orgulho e egoísmo", disse.
PENA REDUZIDA
Em julho de 2013, o Tribunal de Justiça de São Paulo reduziu a pena de Lindemberg para 39 anos e 3 meses em regime fechado.
Em junho de 2021 a Justiça autorizou que Lindemberg cumprisse o restante da pena em regime semiaberto. Na sua decisão, a juíza Sueli de Oliveira Armani disse que o réu mantém um bom comportamento na prisão e nunca teve uma infração disciplinar grave. Outro ponto que fez com que a juíza obtivesse essa decisão foi que Lindemberg teve resultados favoráveis nos testes psicológicos de periculosidade.