A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul instaurou um inquérito para investigar a morte de Arthur Matheus Martins Rosa, de 25 anos, que morreu após passar mal durante o Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso para soldado da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, no dia 3 de agosto deste ano.
De acordo com a Secretaria Estadual de Administração (SAD), o caso está sendo apurado, e que a polícia iniciou os trâmites legais e dará os encaminhamentos com a conclusão do inquérito policial. Além de Arthur, outros dois candidatos, uma mulher e um homem, desmaiaram durante o teste.
“O governo estadual reafirma seu compromisso com a transparência e uma apuração célere e isenta, que não permita novas tragédias e lamenta, novamente, profundamente a perda de um jovem em busca de um sonho”, diz a nota.
Um vídeo gravado durante o TAF mostra o desgaste dos participantes devido ao forte calor e baixa umidade do ar em Campo Grande. Nesta quarta-feira (9), a titular da SAD se reuniu com a comissão do certame para elaboração de um relatório de avaliação do Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso a fim de acompanhar o caso.
TESTE DE APTIDÃO
No teste de aptidão física, os candidatos passam por três testes: elevação na barra fixa, 32 abdominais e corrida de 2.400 metros, que deve ser completada em até 12 minutos e 32 abdominais. Quem não completa qualquer um desses testes é reprovado. Por meio de nota, a SAD lamentou a morte do candidato e disse que determinou que sejam tomadas as providências.
“Apesar de todo arcabouço legal que as provas de teste físico requerem, bem como todo cuidado e responsabilidade pela aplicação da mesma é necessário apuração célere que não deixe margens para novas tragédias, motivo pelo qual já iniciou uma apuração isenta e objetiva”, diz a nota da SAD.
À reportagem, um dos candidatos do TAF, que preferiu não se identificar, relatou sobre o teste. Segundo ele, a umidade estava muito baixa, porém sempre tinha água disponível para os participantes. Ele ainda menciona que na ocasião tinha muita gente participando no local.
“A prova não foi fácil, afinal estamos sendo treinados para ser policial, infelizmente temos que esperar o pior cenário. Ontem a umidade estava muito baixa, e por isso sempre tinha água disponível. Teve uma preocupação da organização com os participantes e tinha muitas pessoas participando”, disse o participante ao G1.