A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou, por estupro de vulnerável, Wemberson Carvalho da Silva, de 47 anos, acusado de abusar da jovem, de 22 anos, que foi deixada na calçada do prédio onde mora por um motorista de aplicativo no dia 30 de julho, em Belo Horizonte. O inquérito foi concluído e enviado à Justiça nesta terça-feira (8).
Além de Wemberson, o motorista de aplicativo que deixou a vítima desacordada na calçada, foi indiciado por abandono de incapaz, de acordo com as delegadas Carolina Bechelany e Danúbia Quadros. No dia, a jovem saiu de uma festa alcoolizada, e um amigo solicitou que o carro de app a deixasse em casa.
"O estupro de vulnerável foi comprovado, inclusive por laudo pericial. Ficou muito evidente, com tudo que foi apurado, que ele abandonou essa jovem, que estava desacordada, na porta de casa. Então, é um crime que se enquadra, uma conduta que se enquadrou perfeitamente no crime de abandono de incapaz", disse Danúbia ao G1.
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A delegada Danúbia ainda explicou que as outras pessoas ligadas ao caso não foram indiciadas porque não houve uma conduta típica que pudesse ser "enquadrada penalmente". A investigação se deu após o crime, e Wemberson Carvalho da Silva foi preso em flagrante.
Em depoimento à polícia, o motorista de aplicativo, que teve seu nome preservado, disse que pediu ao amigo da jovem, que solicitou o carro, que a acompanhasse até em casa, o que não aconteceu. Ele ainda disse à polícia que deixou a jovem na porta da casa dela e retornou após alguns minutos, quando a jovem já não estava lá.
"O amigo afirmou que o irmão dessa jovem estava na porta da casa deles, a aguardando. Inclusive a corrida foi compartilhada, a localização foi compartilhada com o irmão [...] Ele imaginou que algum familiar ou o próprio irmão teria buscado a jovem e subido para casa com ela", disse a delegada.
A Polícia Civil descartou a responsabilidade criminal do amigo, que chamou o carro de aplicativo para a jovem, e do motociclista que ajudou o motorista a retirá-la do veículo. A investigação também confirmou que o cartão da vítima foi utilizado horas após o crime.
"Estamos apurando a conduta do motorista e também investigando a prática prevista no artigo 217, de estupro de vulnerável [...] A vítima esclareceu que o telefone estava descarregado e que foi tentativa de efetuar mais uma corrida para o amigo, que foi negado posteriormente", completou a delegada.