A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou o quarto envolvido na execução do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrida no dia 26 de fevereiro de 2024 em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O suspeito se trata de Ryan Patrick Barboza de Oliveira, que tinha o dever de monitorar a vítima, de acordo com as investigações. Três homens já estão presos.
QUEM SÃO OS ENVOLVIDOS PRESOS?
- Leandro Machado da Silva: policial militar que providenciou os carros usados no crime.
- Cezar Daniel Mondego de Souza: apontado como responsável por monitorar a vítima. Tinha cargo comissionado com salário de até R$ 6 mil na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).
- Eduardo Sobreira Moraes: É apontado como o responsável por seguir os passos de Rodrigo, dirigindo o carro para Cezar enquanto acompanhavam a movimentação da vítima antes do assassinato.
O QUE DIZ A POLÍCIA?
A polícia descobriu que Ryan acompanhou Rodrigo e ficou no Centro da cidade, sendo substituído posteriormente por Cezar e Eduardo. A dupla foi presa meses depois.
As informações indicam que os criminosos já estavam atrás de Rodrigo desde o dia 5 de outubro de 2023: anotações com as placas dos veículos de Crespo foram encontradas nos celulares de um dos investigados.
No dia 9 de abril, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão contra Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, atual patrono do Salgueiro; e outras oito pessoas investigadas no inquérito da morte de Rodrigo Marinho Crespo.
MOTIVAÇÃO DO CRIME
O assassinato do advogado pode ter sido um "recado" de bicheiros contra o mercado legal de apostas online no Rio de Janeiro, segundo detalhou o Ministério Público na denúncia feita contra os três envolvidos presos.
Rodrigo Crespo (vítima) não negava que pretendia ganhar dinheiro, e muito, com a legalização/regulamentação da exploração de jogos de aposta online, e buscava por financiadores para a sua ambiciosa empreitada [...] o crime, não por acaso, foi cometido em plena luz do dia, próximo à OAB, em que pese a vítima ter sido monitorada dias seguidos, e podia ter sido executada na calada da noite, em local mais ermo. Há fortes indícios de que a malta, com a execução, tenha pretendido dar 'um recado.