A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as circunstâncias envolvendo o atropelamento de um homem suspeito de furtar um celular por um motorista de aplicativo. O incidente ocorreu no Viaduto Júlio de Mesquita Filho, na região central de São Paulo e, inicialmente, foi registrado como furto e morte acidental no 78º DP em 25 de abril.
No entanto, o caso está agora sendo investigado pelo delegado Percival Alcântara, titular do 5º DP, que busca determinar se o atropelamento foi intencional ou acidental. O delegado explicou que o boletim de ocorrência foi registrado no plantão policial, mas que a investigação atual se concentra em esclarecer a intenção do motorista durante o incidente.
O delegado explicou que o foco principal da investigação é determinar se o motorista cometeu um homicídio doloso ou culposo. Ele destacou que essa é a primeira etapa da análise e que, posteriormente, serão avaliados possíveis crimes adicionais relacionados ao incidente.
O delegado também apontou que o motorista teria tirado fotos e zombado do possível furtador, o que está sendo considerado no contexto da investigação.
De acordo com o boletim de ocorrência, um rapaz relatou que estava no trânsito com as janelas abertas quando alguém se aproximou do veículo, pegou seu celular que estava no painel e fugiu. A vítima então estacionou o carro e tentou recuperar o aparelho, mas descobriu que o suspeito estava caído no asfalto, após ter sido atropelado por outro veículo conduzido pelo motorista de aplicativo Christopher Gonçalves Rodrigues, de 26 anos. O carro era alugado.
Christopher informou à polícia que estava na quarta faixa de tráfego e não conseguiu parar a tempo de evitar o atropelamento. De acordo com o registro, ele saiu do carro para prestar socorro à vítima quando outra pessoa apareceu afirmando ter sido roubada, mas Christopher afirmou que não presenciou o suposto furto. Até o momento, a defesa de Christopher não foi localizada para comentar o caso.
Conforme registrado no boletim de ocorrência, a vítima sofreu ferimentos graves em uma das pernas e não sobreviveu. Nas redes sociais, Christopher postou vídeos se vangloriando sobre o atropelamento, chegando a dizer "menos um fazendo o L" em referência ao símbolo dos eleitores do presidente Lula durante as eleições.
Em um dos vídeos, Christopher afirmou que não movimentaria o carro para permitir o socorro à vítima.