O aparelho que gravou a morte da dona de casa Rosana de Menezes, de 49 anos, em São Caetano do Sul, no ABC, pertencia ao homem de 71 anos preso por suspeita de cometer o crime, conforme informou o Bom Dia São Paulo desta quinta-feira (29). Ele namorava a filha da vítima, mas o relacionamento havia terminado há pouco tempo. O gravador havia sido deixado na casa de Rosana havia cerca de um mês.
A polícia busca identificar outro homem suspeito de participar do crime. Testemunhas disseram tê-lo visto do carro do suspeito já preso.
O gravador captou, primeiro, uma discussão. Em seguida, é possível escutar um barulho de golpes, desferidos na cabeça da mulher. Ela implorou por socorro.
Para a polícia, quem ordenou a morte e assistiu tudo foi o homem de 71 anos, que manteve um relacionamento com a filha de Rosana por cinco anos e havia terminado três semanas antes. A polícia suspeita que o homem tenha decidido se vingar porque Rosana era contra o namoro.
Segundo o delegado Hildo Estraioto Júnior, a gravação foi determinante para a prisão do homem. ?Com a gravação não teve como ele refutar, por conta de ter ficado bem evidente que encontrava-se no momento da execução da vítima", afirmou.
O suspeito preso admitiu, segundo a polícia, que é a voz dele que aparece na gravação. Ele negou, no entanto, ter participado do assassinato e disse à polícia que apenas presenciou Rosana passando mal.
O suspeito foi preso em flagrante por homicídio triplamente qualificado. Para a polícia, o outro homem visto por testemunhas em um carro é o executor, e teria sido levado pelo homem de 71 anos para a casa de Rosana.
A dona de casa foi enterrada no fim da tarde desta quarta-feira (28) no Cemitério da Lapa, na Zona Oeste da capital. Nenhum parente quis gravar entrevista.