A mulher de 38 anos, salva de uma tentativa de estupro por um motorista e passageiros de ônibus no dia 23 de outubro na zona Sul de São Paulo, afirmou à polícia que o homem que a abordou ameaçou "furar sua costela" caso ela o desobedecesse e não continuasse caminhando com ele.
Uma câmera de segurança registrou o crime. Nas imagens, é possível ver o momento em que o homem aborda a vítima e a segura pela cintura. A mulher se assusta e deixa a bolsa cair. Em seguida, dois passageiros e o motorista de um ônibus descem e abordam os dois. A mulher consegue sair do lado do suspeito e vai em direção ao grupo. O homem foge do local.
Ainda conforme a vítima, ela foi abordada pelo agressor por volta das 6h30, momento em que ia ao trabalho. O indivíduo chegou com um objeto perfurante e a obrigou a ficar calada e não fazer nenhum sinal. Pouco tempo depois, ela avistou um ônibus passando pela rua e fez um sinal com a mão esquerda.
Foi neste momento em que o motorista compreendeu a ação da mulher e parou o veículo e a socorreu com alguns passageiros. A vítima acredita que o agressor a levaria para uma rua sem saída, próxima de onde foi abordada. Nesta quinta-feira (09), um suspeito foi preso, mas liberado após ser reconhecido como o autor da tentativa de estupro.
O motorista do ônibus relatou que a princípio pensou que se tratava de uma briga entre casal e decidiu parar o veículo. No entanto, logo entendeu de que a mulher estaria sendo ameaçada pelo indivíduo e que se poderia ser algo pior, pois segundo ele, o suspeito chegou por trás dela de forma truculenta.
"Era uma coisa bem estranha, até achei que era briga de casal no começo. Olhei bem e pensei: 'tem coisa errada aí'. Parei o carro e disse que a bolsa dela caiu. Ele chegou de um jeito brusco e fiquei parado com o ônibus, e perguntei se ela precisava de ajuda, e ela fez um gesto com as mãos de 'vem, vem’ [...] Ela entrou em pânico e ficou paralisada. Não conseguia falar. Só depois que ela falou que era um estuprador. Ele [agressor] ainda disse que ela era mulher dele. No ônibus que ela disse nunca tinha visto ele", explica Paulo Sousa, de 64 anos, motorista do ônibus.
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