João Pinheiro (MG) - Nos últimos dias, o áudio de uma moradora que circula na internet causou revolta na população da região. Isso porque, nele, a mulher conta para uma amiga que foi procurada para substituir uma funcionária na Casa de Acolhimento Carla Alves Queiroz. Ao se referir às crianças, ela usa o termo "nojentinhos".
"Ô Cléo, a Beth, desde a semana passada que ela tá me curiando [procurando] 'pra mim' ir ficar final de semana lá no abrigo lá, pra cuidar dos nojentinhos de lá, porque a pessoa que trabalha lá é muita amiga dela, trabalhava na loja, ela mesma vai pagar pra alguém ficar lá, pra descansar. Quem que é mesmo que trabalha lá? Ela falou o nome, eu não entendi", disse.
Em defesa, a mulher, que preferiu não se identificar, disse ao G1 que já pediu desculpas por usar a palavra "nojentinhos" para se referir às crianças da Casa de Acolhimento Carla Alves Queiroz e que fez um uso infeliz do termo. Ela ainda afirmou que o áudio foi enviado em um grupo de WhatsApp por engano.
“O áudio não era direcionado a grupo, era direcionado ao privado, mas houve esse acidente. Usei o termo nojentinho sim, não foi a intenção manchar os meninos do abrigo, a gente vê tantas pessoas falarem aqueles meninos custosos e isso e aquilo, não foi a intenção ofender, mas ofendi. As pessoas já colocaram que trabalho no hospital municipal, na UPA, eu não sou funcionária municipal, sou uma pessoa comum, não tenho nada a ver com a prefeitura”, explicou a mulher ao JP Agora.
O coordenador do abrigo, Antônio Duarte, explicou que o revezamento de monitores contratados pela Prefeitura ocorre apenas entre eles, e que desconhece que outras pessoas sejam pagas para cobrir as folgas. A Prefeitura de João Pinheiro informou que vai investigar o caso.