O Ministério Público do Rio de Janeiro apresentou suas alegações finais referentes ao julgamento da manicure Suzana do Carmo Oliveira Figueiredo, 22 anos, assassina confessa do menino João Felipe João Eiras Santana Bichara, 6 anos, morto em março deste ano em Barra do Piraí. Em seu pronunciamento, a 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Barra do Piraí reafirmou sua convicção de que a conduta da manicure caracterizou o crime de extorsão mediante sequestro, resultante em morte, pela qual pediu a condenação da ré.
Além disso, o MP-RJ ressaltou a necessidade de aplicação da pena máxima, diante das circunstâncias e consequências dos crimes, citando especificamente a covardia, a crueldade e a dissimulação na execução do crime, além da intensa dor causada ao menino e do grande abalo social provocado pelo ocorrido.
Com as alegações finais do MP-RJ, os autos seguem para os pronunciamentos finais do assistente de acusação e da defesa. Logo após, serão remetidos ao Juízo da 1ª Vara de Barra do Piraí. A expectativa é de que a sentença seja proferida em janeiro de 2014.
Inicialmente, Suzana do Carmo respondia pelo crime de homicídio triplamente qualificado, com pena mínima prevista em 12 anos de prisão. O MP-RJ, porém, retificou a denúncia, acusando a manicure de extorsão mediante sequestro seguido de morte, com pena mínima de 24 anos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, João Felipe foi sequestrado e morto pela manicure da mãe dele no dia 25 de março deste ano. Fazendo-se passar pela mãe da criança, Suzana levou o menino da escola, pedindo que ele fosse colocado em um táxi, pois teria uma consulta médica. O menino foi levado para um hotel no centro de Barra do Piraí, onde acabou morto. O corpo foi encontrado pela polícia na casa de Suzana, dentro de uma mala.