O Ministério Público pediu a prisão de Renato Cariani, de 47 anos, no entanto, a Justiça negou. Na manhã desta terça-feira (12), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra o tráfico de drogas e desvio de um produto químico utilizado para produzir crack. O alvo principal é a empresa do influencer, Anidrol, uma indústria química que fica localizada em Diadema, São Paulo.
Segundo o delegado Vitor Vivaldi, o mesmo ocorreu com outros três investigados. Cariani é suspeito de envolvimento em um esquema que teria desviado 12 toneladas de produtos químicos e 15 toneladas de cocaína e crack prontos para consumo. Ele nega irregularidades em seus negócios.
Entre as drogas encontradas pela Operação Hinsberg, que leva o nome de um químico alemão do século 19, estão grandes quantidades de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. O esquema todo teria movimentado ao menos R$ 6 milhões.
“Há cerca de um ano, apuramos 60 desvios de produtos químicos utilizados em empresas farmacêuticas para emissão de notas fiscais e faturamento, só que essas empresas obviamente não tinham adquirido o produto”, afirma o delegado Fabrízio Galli, chefe da delegacia de repressão às drogas.
Mais de 70 agentes estão nas ruas para cumprir 18 mandados de busca e apreensão em São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Diadema, Praia Grande, Guarujá, Curitiba e Rubim (MG). No esquema, ainda há endereços situados no Paraná.
Em contrapartida, Renato Cariani publicou um vídeo no seu Instagram dizendo que a PF esteve em sua casa na manhã desta terça-feira (12) para cumprir mandado de busca e apreensão, mas que ele não havia tido ainda acesso a detalhes da operação. Ela ainda afirmou que a empresa investigada, da qual é sócio, atua desde 1981 de forma regular. "Foi uma surpresa", diz.
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