A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu o motorista e o dono da empresa responsável pelo ônibus que tombou ao tentar fugir da fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O acidente ocorreu neste sábado (21) e deixou sete pessoas mortas e 15 feridas.
De acordo com a investigação, o dono da empresa, Alexandre Henriques Camelo, e o motorista, Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, são pai e filho. Os dois são suspeitos de homicídio qualificado e lesão corporal. A defesa dos investigados negou a versão da polícia.
Segundo a Polícia Civil, após o ônibus ser parado no posto da PRF, ele seria escoltado pela ANTT até a Rodoviária de Taguatinga, onde os passageiros desembarcariam e o ônibus seria apreendido. No entanto, o delegado Josué Pinheiro, da 12ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga Centro, diz que, a pedido do pai, o motorista foi orientado a fugir da escolta e seguir para a sede da empresa, que também fica na região.
Ainda de acordo com o delegado, o pai usou o próprio carro para tentar atrapalhar a escolta da ANTT. Nesse momento, o filho tentou fugir com o ônibus, colidiu com outro veículo e tombou. Ao todo, eram 32 passageiros no ônibus.
"A causa que gerou a perda do controle do ônibus está sendo apurada, mas houve um excesso de velocidade. Ele assumiu o risco de causar o dano, quando empreendeu fuga. Estava chovendo na BR-070, [a pista] estava molhada. O ônibus não estava em perfeitas condições", afirmou o delegado.
Em nota, a Agência Nacional de Transportes Terrestres também disse que o motorista do ônibus tentou fugir com o veículo. "A agência esclarece que, em nenhum momento, houve perseguição por parte da equipe da agência", diz o texto. Ainda segundo a ANTT, além do veículo não ter autorização para transportar passageiros, ele estava sem seguro e com pneus carecas.