Metalúrgico é brutalmente espancado com barra de ferro e motivo é de causar espanto

Uma tomografia realizada após a agressão revelou que Milton sofreu fraturas nos ossos do nariz, maxilar e face, além de ferimentos na mão, ombros e pernas

Milton Machado mostra as marcas da violência praticadas contra ele | Montagem/Arquivo Pessoal
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Milton Machado, metalúrgico de 43 anos, foi brutalmente espancado com uma barra de ferro enquanto caminhava para o trabalho na zona oeste de São Paulo, resultando em múltiplas fraturas no rosto. O crime, registrado como tentativa de homicídio pela Polícia Civil, ocorreu às 18h50 do dia 22/8.

A família de Milton acredita que a agressão tenha sido motivada por uma briga de condomínio envolvendo um adolescente de 13 anos, filho de um cabo da Polícia Militar de 44 anos. Dias antes do ataque, Milton havia se desentendido com o jovem por conta do comportamento do cachorro do adolescente, que urinava nas rodas dos carros dos moradores. A discussão foi registrada em vídeo por Milton e não mostrou sinais de ameaça ou violência.

No entanto, seis dias depois, o adolescente, acompanhado da mãe, registrou um boletim de ocorrência por ameaça e injúria, alegando que Milton teria gritado ameaças de morte contra ele e seu cachorro. Esse relato contradiz o vídeo gravado por Milton.

Dias antes da agressão, Milton percebeu que um dos pneus de seu carro estava furado, o que ele interpretou como uma possível retaliação. Mesmo assim, manteve sua rotina diária de ir a pé para o trabalho. Câmeras de segurança registraram o agressor seguindo Milton momentos antes do ataque.

No dia seguinte, a irmã de Milton, Márcia Machado, conversou com testemunhas que relataram que o agressor, após atingir Milton na cabeça, foi interrompido por motociclistas. Antes de fugir, ele teria dito: "não matei, mas vou voltar para matar". O agressor ainda teria sacado uma arma para afastar as testemunhas.

Uma tomografia realizada após a agressão revelou que Milton sofreu fraturas nos ossos do nariz, maxilar e face, além de ferimentos na mão, ombros e pernas. Milton, que trabalha há 15 anos no mesmo local e leva uma vida tranquila, sem envolvimento com álcool ou drogas, segue em recuperação.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e a Polícia Militar informaram que, caso seja confirmado o envolvimento de algum policial no incidente, as medidas cabíveis serão tomadas, inclusive pela Corregedoria. O 7º Distrito Policial continua investigando o caso, colhendo depoimentos e buscando identificar o autor da agressão.

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