Mãe mata filhas gêmeas de 6 anos e polícia investiga possível envenenamento

Mãe presa após mortes de gêmeas de 6 anos. Polícia investiga possível envenenamento com veneno de rato

Antonia e Manuela Pereira, gêmeas que morreram em outubro de 2024 | (Foto: Reprodução)
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Duas gêmeas de seis anos, Antonia e Manuela Pereira, morreram em um intervalo de oito dias em Igrejinha, cidade localizada a cerca de 90 km de Porto Alegre. Manuela havia morrido no dia 7 de outubro do último ano, enquanto Antonia faleceu no dia 15 do mesmo mês. A mãe das meninas foi presa temporariamente, e a polícia constou que a mãe das meninas fez buscas para descobrir se veneno de rato é capaz de matar um ser humano. 

Segundo o inquérito, as pesquisas no celular de Gisele Beatriz Dias, indiciada e presa por suspeita de assassiná-las, teriam sido feitas nos dias 10, 11 e 12 de janeiro de 2024 e depois apagadas do celular. As gêmeas foram encontradas mortas meses após a pesquisa realizada pela mãe.

O advogado da mãe, José Paulo Schneider, afirma que "não há qualquer prova de que Gisele tenha sido responsável pela pesquisa, já que o seu então esposo tinha acesso irrestrito ao seu celular". E que "trata-se de uma pessoa que tentou diversas vezes o suicídio, o que poderia justificar a pesquisa".

As perícias realizadas nos corpos das crianças até o momento não apontam a presença de veneno. O relatório do inquérito também não aponta como Manuela e Antônia foram sido mortas, apenas as possíveis motivações. O documento aponta que a mãe "teria notado que seu casamento estaria acabando e apresentaria comportamento egoísta quanto ao marido".

MARIDO COMPROU VÁRIOS PACOTES DE VENENO DE RATO:

O relatório do inquérito aponta ainda que o pai das meninas, Michel Persival Pereira, que não é considerado suspeito do crime, teria comprado, acompanhado de Gisele, oito pacotes de veneno de rato apenas um mês antes do ocorrido com as gêmeas, em setembro. A polícia descobriu isso através do depoimento da funcionária de uma agropecuária, que confirmou que ele visitou o local acompanhado da esposa.

Apesar da informação, o IGP (Instituto-Geral de Perícias) informou ao advogado responsável pelo caso, Ivanir Caliari, que seriam necessários quilos da substância, chamada de cumarínico, para causar a morte de alguém. Por isso, descartou a suspeita.

Sumiço de câmera

O sumiço do registro de uma câmera de segurança que registrava o movimento da casa também é elencado como comportamento suspeito da mulher. Segundo o inquérito, Gisele disse ao marido que, dias antes da morte da primeira menina, um bandido furtou da casa, e que levou consigo o cartão de memória que guardava as imagens. O delegado entendeu que isso foi "uma conveniente maneira de Gisele não ter suas ações filmadas no local enquanto seu marido trabalhava fora nos dias imediatamente anteriores à morte de Manuela".

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