Deise Moura dos Anjos, presa por assassinar três pessoas de sua própria família com um bolo envenenado no dia 23 de dezembro Torres (RS), agora é suspeita das mortes do seu pai e do sogro, segundo a delegada regional de Capão da Canoa Sabrina Deffente.
“As investigações seguem para saber se ela tem envolvimento com alguma outra morte que tenha ocorrido eventualmente na família”, disse a delegada à Folha de São Paulo.
O QUE SE SABE?
- O pai de Deise, José Lori da Silveira Moura faleceu em 2020, aos 67 anos, com causa atribuída à cirrose;
- Ela também é suspeita da morte do sogro Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro, após a exumação do corpo apontar a presença de arsênio no organismo;
- Deise está presa desde o dia 5 de janeiro, suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo de torpe e uso de veneno.
O QUE DIZ A POLÍCIA?
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) também vai analisar alimentos levados por Deise para a sogra, Zeli Teresinha dos Anjos, quando a mesma ainda estava internada no hospital, para identificar a possível presença de arsênio. A idosa não chegou a consumir. Além disso, a Polícia Civil apura como a acusada conseguiu comprar o veneno, pois a venda é controlada no país.
"Ela tentou adquirir pela internet por quatro vezes. Duas vezes a gente tem a certeza de que esse veneno foi comprado e entregue, e as outras duas vezes estamos tentando verificar se a compra foi concluída", disse a delegada à Folha de São Paulo.
COMO OCORREU O CRIME?
A farinha contaminada com arsênio foi utilizada no preparo do bolo servido durante uma confraternização familiar em 23 de dezembro. Seis pessoas consumiram o bolo, resultando em três mortes:
- Maida Berenice Flores da Silva, de 59 anos;
- Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos;
- Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47 anos, respectivamente irmãs e sobrinha de Zeli.