A Justiça de São Paulo decretou, na tarde deste domingo (27), a prisão preventiva de Ruth Floriano, de 30 anos. Ela foi presa em flagrante no sábado (26) suspeita de matar a própria filha, esquartejar o corpo dela e esconder as partes da criança na geladeira de sua casa.
Segundo a Polícia Civil, Ruth Floriano confessou ter esfaqueado a filha, identificada como Alany Izilda Floriano Silva, de 8 anos. Com a conversão para preventiva, a mulher ficará detida por tempo indeterminado.
"Em audiência de custódia realizada hoje (27), a prisão em flagrante de Ruth Floriano foi convertida em preventiva", diz a nota do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
A prisão pela Polícia Militar se deu após pessoas que ajudaram Ruth numa mudança encontrarem partes do corpo da criança na geladeira da mulher, em uma residência no bairro Aracati, na Zona Sul da capital paulista. Após o flagrante, os vizinhos acionaram a PM. Ruth foi presa horas depois na casa do namorado.
O caso foi registrado no 100º Distrito Policial (DP), como homicídio qualificado contra menor de 14 anos e emboscada por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver. A investigação será feita pelo 47º DP, Capão Redondo. Ainda não se sabe quando o crime foi cometido e o motivo dele. Isso porque, segundo a polícia, Ruth deu pelo menos duas versões para o assassinato da filha.
VEJA AS DUAS VERSÕES QUE RUTH DEPÔS
Primeira versão
Ruth negou o crime e contou que há "aproximadamente um mês", quando a filha tinha 8 anos, conheceu um homem num aplicativo de relacionamentos. E que o levou para sua casa, onde consumiram drogas e dormiram depois.
Ao acordar, ela disse ter encontrado a filha morta. Ruth não contou se tinha sido ela ou o homem que matou e esquartejou a criança, mas que decidiu colocar as partes do corpo da menina numa geladeira. Esse homem foi identificado e ouvido pela polícia.
Segunda versão
Em outra oportunidade, Ruth alegou que matou Alany entre 8 e 9 de agosto, dois ou três dias após a filha ter completado 9 anos. O motivo do crime revelado pela mulher foi o fato de ela "não aceitar a separação com o pai" da criança.
De acordo com o registro policial, a mãe esfaqueou a filha no peito, depois a cortou e colocou os pedaços do corpo em um saco plástico e numa caixa térmica. E que no dia 15 de agosto decidiu colocar as partes da menina na geladeira. No dia seguinte a mulher mudou de residência, levando a geladeira com a ajuda de amigos e parentes de seu namorado.
No dia 26 de agosto, a mãe do namorado de Ruth decidiu entrar na casa, enquanto a mulher estava fora, e abrir a geladeira. Ao rompê-los, a sogra encontrou os restos mortais de Alany. Diante disso, ela acionou a PM, que iniciou as buscas por Ruth.