Jovem é preso após matar ex-namorada queimada e envenenar a família

Rapaz de 24 anos chegou a culpar a jovem de 18 anos, com quem tem uma filha, pela morte da tia e do pai.

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Um jovem de 24 anos e dois amigos dele foram autuados por homicídio e cárcere privado após a descoberta de três crimes que chocaram os moradores da cidade de Varginha, no Sul de Minas, nos últimos dias. De acordo com a Polícia Civil (PC) da cidade, Jefferson Jerônimo Barbosa, de 24 anos, confessou ter matado queimada a ex-namorada, Ana Maria dos Reis, de 18 anos, com quem tem uma filha de 1 ano, com a ajuda de comparsas.

O jovem também teria matado o pai e a tia envenenados. Conforme a polícia, Ana Maria morava em Campos Gerais e foi até Varginha no dia 14 para tentar reatar o relacionamento com Kener. Ela ficou hospedada na casa dele, no Bairro Parque Rinaldo. O rapaz, que é usuário de crack, brigava muito com a família e teve uma discussão com o pai, Vítor Carlos Silvério, naquele domingo, chegando a esfaqueá-lo na mão.

Segundo o inquérito, na quinta-feira passada, Kener colocou enxofre na água do filtro da casa e em uma garrafa de cachaça da tia, Vera Lúcia Silvério Donizetti, de 53 anos, que era alcoólatra. Após consumir as bebidas, o casal de irmãos começou a passar mal. Vera foi socorrida para um hospital da cidade, mas morreu. Ao tentarem entrar em contato com a família da mulher, eles foram até a casa e encontraram o corpo do pai de Kener. Na ocasião, a polícia chegou a trabalhar com a hipótese de que as mortes tivessem relação com algum ritual de magia negra, mas a hipótese foi descartada.

Durante as investigações, Júlio César Sudério, de 18 anos, amigo de Kener, foi intimado a depôr e acabou revelando na segunda-feira o assassinato de Ana Maria, que estava na casa no dia do envenenamento. Não havia queixa de desaparecimento da vítima. Após expedição de mandados de prisão, a polícia prendeu Kener ? que estava escondido na casa de parentes -, e o terceiro envolvido no crime, Jefferson Jerônimo Barbosa, 24 anos. Eles confessaram o assassinato da jovem e levaram a polícia ao local onde o corpo estava, a Fazenda Paraíso, na cidade de Três Pontas. De acordo com a polícia, após os envenenamentos, Ana Maria foi mantida em cárcere privado na casa de Júlio César e agredida pelos jovens. Em seguida, ela foi levada para a fazenda, onde foi amarrada a uma árvore. Júlio contou que jogou gasolina na moça e ateou fogo.

Em seu depoimento, Kener disse ter matado a moça por vingança. Na versão dele, Ana Maria o procurou para reatar o namoro, mas ele já tem uma namorada. Revoltada, ela teria envenenado o pai e a tia dele. No entanto, a polícia descobriu que no domingo em que o rapaz brigou com o pai, ele também agrediu a jovem, puxando os cabelos dela. A moça também foi atacada com muita violência durante o período em que ficou em cárcere, tendo alguns dentes quebrados.

Assim, a Polícia Civil de Varginha acredita que ela tenha sido vítima de queima de arquivo por causa do envenenamento. O chumaço de cabelos encontrado na casa de Kener será examinado. O corpo da moça ainda está no Instituto Médico Legal (IML) de Varginha e, apesar a conclusão do inquérito, a polícia ainda aguarda resultados de outros exames para anexá-los ao documento. Kener foi indiciado por triplo homicídio, enquanto os outros dois rapazes foram por cárcere privado e homicídio. Eles estão na Cadeia Pública de Varginha.

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