Ap?s um depoimento que durou quase oito horas, ao delegado Jos? Munguba Neto - titular do 4? Distrito Policial (Pio XII), uma estudante universit?ria de 21 anos confessou o assassinato da m?e adotiva, de 78 anos, com requintes de crueldade, no ?ltimo dia 23 de julho. A idosa morreu na unidade central do Instituto Doutor Jos? Frota (IJF) depois de ter 70% do corpo queimado em um inc?ndio provocado pela filha, no quarto onde a m?e dormia.
O caso vinha sendo mantido sob sigilo dada a gravidade da situa??o encontrada pela Pol?cia. Apesar da confiss?o, o Di?rio do Nordeste opta por n?o divulgar o nome da estudante, que ainda n?o est? presa. Ela est? sendo indiciada pelo crime de homic?dio doloso. O inqu?rito j? foi encaminhado pela Pol?cia ? Justi?a. A jovem indiciada, segundo o delegado, faz duas faculdades (de Jornalismo e Letras, em universidades diferentes) e fala quatro idiomas diferentes. ?Trata-se de uma pessoa muito inteligente e extremamente fria?, revelou Munguba, com exclusividade, ao Di?rio do Nordeste.
Em apenas 15 dias de investiga??o, o delegado Jos? Munguba Neto, titular do 4? DP (Pio XII), concluiu o inqu?rito sobre o caso, que ocorreu no Bairro de F?tima, na madrugada do ?ltimo dia 23 de julho. Treze testemunhas - a maioria, vizinhos e conhecidos das duas envolvidas - foram ouvidas.
?A estudante universit?ria premeditou o crime. Dois ou tr?s dias antes de provocar o inc?ndio, ela foi at? um posto de combust?veis e comprou um litro de gasolina. Levou o combust?vel escondido at? o apartamento onde morava com a m?e e manteve o material escondido at? a madrugada em que encontrou o momento para executar o crime?, contou o delegado. Em depoimento, a jovem revelou que vinha entrando em atrito com a m?e, constantemente. ?Conforme o relato das testemunhas, a v?tima n?o aceitava o comportamento rebelde da filha e pedia discernimento por parte da garota?, disse o titular do 4?DP.
O crime
Segundo o que foi apurado no inqu?rito policial, enquanto a m?e dormia em uma rede num dos quartos do apartamento, por volta das 4h30 do dia 23 de julho, a estudante teria jogado gasolina na cama sob a rede e em um sof? que existia no mesmo quarto. Em seguida, improvisou uma tocha com um peda?o de cartolina e ateou fogo ? cama e ao sof?.
A prova maior do inc?ndio intencional foi encontrada pela Pol?cia num balde de lixo na cozinha do apartamento (o peda?o de cartolina com a ponta queimada, cheirando a gasolina). Al?m disso, no quarto incendiado estava um saco pl?stico onde a gasolina foi depositada pela garota para transporte at? o c?modo.
Socorrida por vizinhos - que tiveram que arrombar uma janela do quarto para retirar a idosa do meio das chamas -, a aposentada foi encaminhada para o IJF. Ali, permaneceu internada na Unidade de Queimados por quase 24 horas, mas acabou falecendo. ?O caso est? esclarecido, n?o restam d?vidas da autoria diante das provas e da confiss?o?.