O homem que morreu após invadir a jaula de uma leoa em um zoológico de João Pessoa (PB) teve como causa da morte uma mordida no pescoço, que provocou choque hemorrágico devido ao perfuramento de vasos cervicais. As informações constam em um laudo preliminar do Instituto Médico Legal.
Ataque motivado por estresse, diz laudo
Segundo a prefeitura e o laudo, a leoa não comeu o corpo em nenhum momento; ela apenas atacou por estar extremamente estressada. A vítima, Gerson de Melo Machado, de 19 anos, invadiu deliberadamente o recinto. Ele tinha transtornos mentais, escalou uma parede de mais de 6 metros, ultrapassou grades de proteção e usou uma árvore interna para alcançar a área do animal.
Leoa segue monitorada e não será sacrificada
O Parque Zoobotânico Arruda Câmara informou que a leoa ficou muito estressada, mas respondeu aos comandos de contenção e permanece em monitoramento por veterinários e biólogos. A administração reforçou que não há possibilidade de sacrifício: a felina está saudável e não apresentou comportamento anormal fora da situação de invasão.
Parque suspende atividades
O município lamentou o ocorrido e afirmou que o local segue normas técnicas de segurança. As atividades do parque foram suspensas por tempo indeterminado.
Caso é investigado
A Polícia Militar, o Instituto de Polícia Científica e o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba acompanham o caso. O Conselho criou uma comissão técnica para avaliar a estrutura do parque e propor medidas de prevenção.
Veterinária defende a leoa Leona
A veterinária Melanie Leite, do Parque Zoobotânico Arruda Câmara, saiu em defesa da leoa Leona após a morte do jovem. Nas redes sociais, afirmou ser “completamente apaixonada” pela felina e pela equipe técnica do zoológico. Disse ainda que Leona é amada, bem cuidada, condicionada e treinada, pedindo apoio ao parque e aos profissionais.