Influencer presa por deformar 60 pacientes mentiu ser biomédica, diz polícia

Ela e o marido estão presos desde o dia 18 de dezembro e ao menos 60 pessoas foram vítimas do esquema criminoso e tiveram os rostos deformados.

Karine Gouveia | Reprodução
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A Polícia Civil de Goiás investiga denúncias contra a influencer Karine Gouveia, dona de uma clínica de estética em Goiânia. Ela e o marido estão presos desde o dia 18 de dezembro e ao menos 60 pessoas foram vítimas do esquema criminoso e tiveram os rostos deformados. A investigação descobriu que a mulher não possui e nunca possuiu registro de biomédica.

“Como a referida pessoa não consta em nossos registros, não é possível assegurar que ela tenha formação em biomedicina”, diz um trecho da nota emitida pelo Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região.

O QUE SE SABE?

Segundo a polícia, Karine Gouveia se apresentava como profissional habilitada na área da saúde, mesmo sem possuir a qualificação acadêmica. Um áudio foi uma das provas que condenam a ação da influencer e do marido, onde mencionam a formação em Londrina, mas não citam o nome da universidade. A defesa do casal afirmou que se trata de "fatos não comprovados e não periciados sobre o caso", e que ele atribui culpa antes de concluídas as apurações. A defesa afirma ainda que "está tomando todas as providências legais para que a autoridade em questão explique ao órgão competente porque está agindo dessa maneira".

Karine Gouveia e o marido | FOTO: Divulgação/PC-GO

Em nota, a Polícia Civil disse que "a ampla divulgação da operação contribuiu para que novas vítimas noticiassem os fatos à polícia judiciária, somando, até o momento, mais de 60 pessoas lesionadas pelos investigados".

Os outros responsáveis técnicos da clínica, um dentista e uma biomédica, foram soltos após decisão da Justiça. De acordo com o delegado Daniel Oliveira, o casal é investigado por organização criminosa, lesão corporal gravíssima e estelionato. 

Vítimas de necrose após procedimentos estéticos em clínica da empresária Karine Gouveia | FOTO: PC-GO

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?

A clínica atraía clientes com preços abaixo do mercado e que o marido cuidava da administração. O delegado afirmou que eles intimidavam pacientes que buscavam reparação. A Vigilância Sanitária identificou 18 irregularidades na unidade de Goiânia. Os procedimentos eram realizados em condições inadequadas. 

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