Um homem foi preso em flagrante após tentar matar na noite desta segunda-feira (12), a ex-companheira em Fortaleza (CE). A mulher identificada como Talita Lopes Falcão, de 34 anos, teve 80% do seu corpo queimado, após o suspeito atear fogo nela. Ela foi socorrida, mas seu estado é gravíssimo.
A advogada da vítima, Mariana Diniz, afirma que o casal estava separado há um ano, mas o suspeito não aceitava o fim do relacionamento e passou a ameaçá-la. De acordo com relatos, a tentativa de feminicídio ocorreu após uma discussão entre o casal. Os dois têm uma filha de 4 anos.
"Ele sempre dizia que ia matar ela, que se Talita não fosse dele não seria de mais ninguém", relata a advogada ao Diário do Nordeste.
Ainda segundo a advogada, a vítima chegou a entrar com pedido de medida protetiva contra o ex-companheiro, que passou a vigiar a ex-mulher, tanto no trabalho dela quanto em sua residência.
"Ele ficava de carro olhando para saber se ela estava com alguém", diz Mariana Diniz ao Diário do Nordeste.
Na noite desta segunda-feira (12), o suspeito foi até a casa de Talita e pediu para que conversassem. Os dois saíram de carro, porém, momentos depois após ela descer do veículo, ele jogou um produto inflamável nela, ateando fogo em seguida, conforme explica a advogada.
Segundo relatos de testemunhas, Talita saiu correndo com o corpo em chamas pedindo socorro e foi ajudada por moradores da região e policiais que estavam próximos ao local.
"Ele fugiu do local e mais tarde se entregou no 34º DP", citou a advogada Mariana Diniz ao Diário do Nordeste.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) disse que o homem foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Ceará (PMCE) e encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde foi autuado pelo crime de tentativa de feminicídio.
Ainda durante as investigações, foram encontradas cartas no carro do suspeito, dando a entender que o crime tenha sido premeditado. "Tinha uma carta de próprio punho e duas digitadas dizendo que ele ia tirar a vida dela e a dele, pois não tinha mais porque viver", conta a advogada.
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