A Polícia Militar e o governo federal estão conduzindo uma investigação sobre o furto de duas fontes de Césio-137 em uma mineradora localizada nos municípios de Nazareno e São Tiago, em Minas Gerais. A mineradora AMG relatou a suspeita de furto em 29 de junho para a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), que está realizando uma investigação interna para entender as circunstâncias do desaparecimento. Um boletim de ocorrência foi registrado junto à Polícia Militar.
Conforme a CNEN, as fontes desaparecidas possuem uma atividade cerca de 300 mil vezes menor do que aquela presente no acidente de Goiânia, representando um baixo risco. Em comparação com aparelhos de radioterapia, a atividade das fontes é 275 mil vezes menor. Essas fontes eram utilizadas em medidores de densidade de polpa. "A AMG alerta que o manuseio inadequado por pessoas não autorizadas pode acarretar algum risco à saúde".
A CNEN informou que a AMG está regularmente licenciada e tem autorização para operar até 2025. A mineradora pede ajuda da população "para fornecer qualquer tipo de informação" sobre as fontes furtadas. As fontes podem ser identificadas por seu formato e aparência, veja:
"Essas fontes são classificadas como não perigosas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Por isso, não são esperados efeitos severos à saúde pelo contato com as mesmas. No entanto, é importante continuar as buscas para recuperá-las de tal forma a prevenir exposições desnecessárias", disse a CNEN.
"A AMG Brasil leva esse incidente muito a sério e lamenta profundamente qualquer preocupação que possa causar às comunidades vizinhas. Como a segurança e o bem-estar de todos os indivíduos nessas áreas são prioridade, a empresa enfatiza que está fazendo todos os esforços possíveis para resolver a situação o mais breve possível", informou a Mineradora AMG.
(Com informações do Folhapress)