Durante o encerramento do desfile do bloco Orquestra Voadora, no Centro do Rio de Janeiro, na noite deste domingo (21), pelo menos duas pessoas foram alvo de esfaqueamento em um arrastão. O administrador Alexandre Heringer Tavares de Oliveira, de 35 anos, uma das vítimas, sofreu duas facadas nas costas, mas recebeu alta no final da noite. A segunda vítima, ainda não identificada até a última atualização desta reportagem, também foi liberada.
Alexandre, que é administrador, disse ao G1 que ama o Carnaval, mas destacou o temor resultante do incidente: "Eu amo o Carnaval. Já sai há vários anos de esquilo, coala, não quero abandonar isso. Mas, cara, foi quase minha vida embora. Graças a Deus não foi uma facada profunda, mas poderia ter sido. Fica esse sentimento de receio," disse.
O planejador financeiro Rômulo Martidez, presente no momento do ataque junto com Alexandre, relatou a estratégia dos criminosos: "A gente viu 3 simulações de briga do mesmo grupo. Então, a estratégia era simular uma briga para furtar ou, como tinha mulheres trans no grupo, dançar com turistas para conseguir roubar os pertences”. Ele testemunhou o ataque na descida da rampa do MAM, no final do bloco, por volta das 19h.
O caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana). A Polícia Militar informou que, com base na descrição dos suspeitos, prendeu oito pessoas e recuperou celulares, cordões e relógios. Uma das vítimas reconheceu todos os detidos, conforme informado pela polícia.