A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, na manhã desta quarta-feira (5), a Operação Ouro Negro contra uma quadrilha responsável por furtos de combustíveis de dutos subterrâneos da Petrobras. Entre os alvos está o contraventor Vinicius Drumond, herdeiro do bicheiro Luizinho Drumond. Ele era o chefe estratégico e financeiro do esquema, segundo informou o delegado Pedro Brasil:
Nós conseguimos chegar ao financiador, e para a nossa surpresa é o Vinícius Drumond. É a 1ª vez que a gente se depara com um contraventor envolvido nesse tipo de crime.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?
A quadrilha agia no RJ e em outros estados e extraía sobretudo petróleo, a fim de revendê-lo como matéria-prima para a produção de asfalto, borracha e plástico. O dinheiro adquirido era usado para comprar equipamentos de última geração. A quadrilha tinha níveis e funções bem estruturados: havia os perfuradores, os transportadores, os informantes — que avisavam da chegada da polícia — e os laranjas. O delegado Pedro Brasil deu mais detalhes:
Não se trata apenas de um crime patrimonial. É um crime que causa prejuízos à Transpetro, mas que também gera um grande risco ambiental. Pode causar catástrofes, desabastecimento de água em cidades e explosões e incêndios onde era refinado esse petróleo.
O QUE SE SABE?
Ninguém foi preso, foram apenas mandados de busca e apreensão. Os agentes estiveram na casa de Vinicius, em um condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca. Entre os itens apreendidos estão:
- Duas BMWs X6, avaliadas em R$ 1,3 milhão cada;
- Joias e cordões com o brasão da Imperatriz;
- Um relógio avaliado em R$ 500 mil;
- R$ 200 mil em espécie, que estavam com seguranças;
- Um celular de Vinicius.
Além de Vinícius Drumond, a investigação revelou o envolvimento direto de Franz Dias Costa e Mauro Pereira Gabry, personagens com um histórico consolidado em esquemas de furto de combustíveis e em outras atividades ilícitas.