O ex-deputado estadual Paulo Frateschi (PT) foi morto a facadas durante um desentendimento familiar com o filho, Francisco Frateschi, suspeito do crime, ocorrido nesta quinta-feira, em São Paulo. O ex-parlamentar sofreu golpes na cabeça e nos braços, foi socorrido e encaminhado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu.
A esposa de Frateschi, Yolanda Maux Viana, também ficou ferida ao tentar interromper a briga, sofrendo uma fratura no braço e sendo atendida na UPA da Lapa. Testemunhas relataram que o conflito aconteceu dentro da residência da família, na zona oeste da capital. O filho foi preso, e as motivações do desentendimento ainda não foram esclarecidas.
Figura histórica do PT, ex-presidente estadual do partido e amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, Frateschi já havia enfrentado duas tragédias familiares: em 2002, perdeu o filho Pedro, de 7 anos, em um acidente na rodovia Carvalho Pinto; e, em 2003, o filho Júlio, de 16 anos, morreu em um acidente na rodovia Rio-Santos. O velório do jovem contou com a presença de Lula, ministros e lideranças petistas.
Trajetória política e legado de Paulo Frateschi
O ex-deputado estadual e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), Paulo Frateschi, teve uma trajetória marcada pela militância política e pela defesa da democracia. Preso e torturado durante a ditadura militar, sua libertação tornou-se um símbolo de resistência ao regime.
Frateschi foi secretário de Relações Governamentais na gestão da então prefeita Marta Suplicy (2001–2004) e ocupou cargos de direção no PT em diferentes momentos. Em 2019, ao comentar a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, de quem era amigo pessoal, classificou o caso como “perseguição política”, comparando-o à repressão dos anos de chumbo.