A piauiense Tertuliana Lustosa deve ser investigada pelo Ministério Público Federal pela performance erótica durante um evento acadêmico na Universidade Federal do Maranhão. A medida deve apurar possíveis crimes cometidos pela historiadora para 'garantir a responsabilização penal adequada e preservar a integridade institucional’, segundo a UFMA.
O QUE ACONTECEU?
Tertuliana não pertence ao quadro funcional da UFMA, e no dia 17 de outubro participou como palestrante no seminário "Dissidências de gênero e sexualidades", organizado pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep).
Em um dos momentos da palestra, Tertuliana se levanta e canta uma de suas músicas, “Educando com o C*”, mostrando o bumbum para a plateia. Deputados no Maranhão e em Brasília, além de estudantes, repudiaram o ato e foi pedido ao MPF, à AGU e ao Ministério da Educação uma apuração do caso.
O QUE DIZ A UFMA
Em nota, a UFMA também classificou o caso como “um ato isolado” e disse que houve prejuízos sociais e de imagem à instituição. Afirmou ainda que “não foram utilizados recursos da própria instituição para a realização do evento”.
Confira a nota completa!
"A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) informa que, cumprindo com sua obrigação legal, requereu do Ministério Público Federal (MPF) a devida apuração penal dos fatos ocorridos em recente evento realizado no Centro de Ciências Humanas. Por meio do Ofício nº 96/2024, a UFMA solicitou ao MPF a instauração de procedimento investigativo para apurar a conduta da palestrante, que NÃO PERTENCE AO QUADRO FUNCIONAL DA UNIVERSIDADE, e de quaisquer outros responsáveis, de modo a garantir a responsabilização penal adequada e preservar a integridade institucional da Universidade Federal do Maranhão. A UFMA reafirma seu compromisso com a transparência e a educação pública de qualidade e agradece o apoio da comunidade acadêmica e da sociedade em geral durante este processo. Por fim, reforça seu empenho em promover um espaço de aprendizado e convivência pautado pela ética e pelo respeito mútuo", diz a nota.